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CLIMA ENTRE TRABALHADORES DA ELETRONUCLEAR É DE REVOLTA E CETICISMO DIANTE DA INÉRCIA DO GOVERNO E DA EMPRESA FRENTE ÀS ACUSAÇÕES DE RACISMO

As recentes acusações de racismo contra o diretor administrativo da Eletronuclear, Sidnei Bispo, geraram grande revolta entre os funcionários da estatal. O clima é de indignação diante da inércia do governo e da própria gestão da companhia frente às denúncias. Uma fonte ouvida pelo Petronotícias, que pediu sigilo por temer represálias, afirma que os trabalhadores estão tentando construir uma articulação política com sindicatos e parlamentares ligados à base da empresa, buscando dar visibilidade às denúncias e cobrar providências das autoridades competentes.

Ainda segundo a fonte, representantes dos trabalhadores já entraram em contato com os deputados federais Lindbergh Farias e Reimont, que mantêm proximidade com a base da empresa. O governo também já foi informado sobre o caso: tanto a Controladoria-Geral da União (CGU) quanto o Ministério da Igualdade Racial têm ciência das denúncias contra o diretor, apresentadas na última semana por uma reportagem da “Globo News”.

Contudo, apesar da mobilização, ainda não houve qualquer movimento concreto para exonerar ou mesmo afastar temporariamente o executivo até que as acusações sejam devidamente apuradas. Essa estagnação tem alimentado o ceticismo e a apreensão entre os trabalhadores.

A insatisfação do corpo de funcionários com a gestão da empresa vem desde o início do ano, quando a Eletronuclear ainda era presidida por Raul Lycurgo, cuja administração foi marcada por um rígido programa de austeridade. Lycurgo deixou o cargo, mas o diretor Sidnei Bispo — que já havia sido alvo de acusações de assédio moral por parte de empregados — permanece na diretoria até agora.

Apesar do sentimento de frustração diante da falta de respostas do governo, sindicatos ligados aos trabalhadores da Eletronuclear realizaram ontem um ato público contra o racismo em frente à sede da empresa, no Rio de Janeiro. Já na próxima semana, uma audiência pública na Alerj, marcada para discutir o projeto de Angra 3, também será palco para levantar as denúncias de racismo e cobrar posicionamento da direção da Eletronuclear e das autoridades federais sobre o caso.

Em nota divulgada no início desta semana, a Eletronuclear disse que repudia qualquer forma de assédio, discriminação ou racismo. Além disso, reforçou o seu compromisso permanente com a promoção de um ambiente de trabalho ético, respeitoso e em conformidade com as melhores práticas de governança e diversidade, ressaltando os princípios expressos em seu Código de Ética e Conduta.

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