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EM MEIO A CORRIDA CONTRA O TEMPO, IBAMA PEDE MAIS INFORMAÇÕES À PETROBRÁS E MARCA REUNIÃO SOBRE FOZ DO AMAZONAS

Vai ser uma história de fortes emoções, com direito a contagem regressiva e suspense dignos dos blockbusters mais populares de Hollywood. É isso que podemos esperar do desfecho da saga da Petrobrás em busca da licença ambiental para perfuração de um poço na Bacia da Foz do Amazonas, na costa do Amapá. O Ibama disse nesta terça-feira (14) que ainda precisa esclarecer alguns pontos em relação aos planos de emergência e de atendimento à fauna para concluir o processo de licenciamento. Além disso, o órgão ambiental propôs ainda à Petrobras – mais uma! – uma reunião na quinta-feira (16), às 14h, para discutir e esclarecer os pontos levantados sobre os documentos e avançar nas etapas finais da emissão da licença.

O grande drama está no fato de que o contrato de afretamento do navio-sonda ODNII, que será usada para a perfuração do poço, está perto do fim. O acordo expira na próxima terça-feira (21).  A preocupação agora é o dia 21 de outubro, que é o dia limite do contrato da sonda [para perfuração]. Se a gente não começar a perfurar até o dia 21, essa sonda pode ser retirada da locação e se ela for retirada e substituída por outra sonda no futuro, o que vai acontecer é que o processo de licenciamento começa tudo de novo”, disse hoje a presidente da Petrobrás, Magda Chambriard, após participar de evento no Rio de Janeiro. Essa sonda é rara no mundo. É uma das poucas sondas de última geração que existem no mundo. A gente tem duas, três sondas dessas no mundo todo. É uma sonda altamente demandada”, acrescentou.

A executiva disse esperar que a perfuração comece até o próximo dia 21. “Até onde me foi informado o que existia era uma demanda por uma reunião para esclarecimentos e espero que nessa reunião, no próprio dia 16, esteja tudo resolvido para iniciar a perfuração”, concluiu.

Todo esse drama acontece em virtude da morosidade do Ibama para decidir sobre a licença. Para lembrar, a trajetória da Petrobrás para conseguir a licença começou em abril de 2021, quando a petroleira assumiu a participação da bp em um conjunto de blocos na Bacia do Foz do Amazonas, a aproximadamente 120 km do estado do Amapá. Entre eles estava o bloco FZA-M-59, onde a Petrobrás deve agora perfurar o primeiro poço (Morpho).

O Ibama, no entanto, negou o primeiro pedido pela licença em maio de 2023, mas a Petrobrás entrou com um pedido de reconsideração no órgão ambiental naquele mesmo mês. Desde então, a petroleira enfrentou um longo processo de debate técnico junto ao Ibama, para provar que é capaz de realizar a perfuração sem causar danos ao meio ambiente. Agora, a Petrobrás olha ansiosamente para cada tic tac do relógio. Como já noticiamos, caso a perfuração comece antes do término do contrato da sonda ODN-II, a atividade poderá prosseguir até a conclusão do poço — mesmo que ultrapasse o prazo de vigência do afretamento da embarcação.

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