NO PLANEJAMENTO PARA IR A HOUSTON NA OTC EM 2026, OS PREÇOS DAS PASSAGENS AÉREAS DEVERÃO SER PROIBITIVOS PARA SE VIAJAR
Para você que está planejando ir à próxima OTC, em Houston, no mês de maio de 2026, pode se preparar. As passagens aéreas estarão ainda mais caras. Este ano, o Petronotícias, fez um alerta sobre o abuso dos preços cobrados pelas companhias aéreas, principalmente pela United, quando o custo de um bilhete na classe Executiva chegou ao patamar, acredite, de R$ 120 mil. A  classe Premium, outro absurdo: R$ 60 mil. Para falar claro, quase uma extorsão. Mas, nem assim  garantiu um serviço de qualidade, com atendimento péssimo, atrasos e overbooking.  Em função de todos estes problemas, alguns executivos perderam compromisso previamente marcados, gerando prejuízos para eles e suas empresas. E nem quem pagou esta “fortuna” ficou livre dessas problemas. Houve até quem tivesse comprado passagens saindo do Rio direto para Houston, mas teve que ir primeiro a São Paulo para depois seguir viagem ou dormir uma noite em São Paulo e embarcar para os Estados Unidos. Um transtorno desnecessário se houvesse mais organização na companhia aérea. Aqui pra nós, uma experiência muito desagradável. A certeza de que seria tratado de acordo com o que está pagando, mas vivendo uma realidade de rodoviária cheia. Fizemos um alerta, é verdade, durante a feira com os relatos dos executivos prejudicados. E não foram poucos. Nos voos de volta ao Brasil, os problemas se repetiram.
Agora, já estamos alertando desde agora, porque temos a informação de que não só a United, mas também a Delta, outra grande companhia, estão dispostas a selecionar seus passageiros pelos valores das passagens. Nos Estados Unidos haverá passageiros da United e da Delta e passageiros de outras companhias. Essas duas empresas aéreas ultrapassaram o restante das outras nos últimos anos. A estratégia foi expandir seus programas de fidelidade e se concentrar na venda de mais assentos de primeira classe e classe executiva, operando muitos voos internacionais. E isso rendeu, deu certo. Delta e United geraram a maior parte dos lucros do setor desde 2022. E alguns especialistas acreditam que a liderança das companhias está se expandindo com esta política sendo seguida a risca. Quem puder, embarca. Quem não puder, que encontre outra solução.
A diferença está se acentuando a cada ano. No último balanço trimestral,  a Delta disse que ganhou mais de US$ 1,4 bilhão de julho a setembro, um aumento de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior. A United  obteve US$ 949 milhões no terceiro trimestre. Ambas as companhias aéreas se beneficiaram substancialmente do aumento da receita de programas de fidelidade e da venda de assentos Premium. Scott Kirby (foto à esquerda), CEO da United, chegou a dizer em uma conferência que “O que realmente provamos é que viagens aéreas não são uma mercadoria.” Delta e United começaram a implementar suas estratégias há alguns anos. A partir de 2010, elas montaram frotas de jatos adequados para muitos usos, adicionaram assentos Premium a esses aviões, atualizaram a tecnologia em todo o negócio e reformularam seus programas de passageiro frequente.

Pela Delta, você pode fazer uma escala em Atlanta e descer num terminal doméstico em Houston. Sempre foi mais barato do que a United
As companhias aéreas também adicionaram mais rotas e estabeleceram parcerias com outras companhias aéreas, estendendo seu alcance global. Essas mudanças lhes deram novas fontes de receita e tornaram a Delta e a United mais atraentes para executivos corporativos e viajantes mais ricos. As empresas também se beneficiam do domínio em aeroportos que atendem áreas urbanas prósperas. A Delta controla mais de 70% dos voos em aeroportos que atendem Atlanta, Detroit, Minneapolis e Salt Lake City, sem mencionar sua presença substancial em Boston, Seattle e nos aeroportos Kennedy International e La Guardia, em Nova York. A United controla a maioria dos voos em aeroportos que atendem Denver, Houston, Nova York, Washington e São Francisco. A American Airlines é semelhante à Delta e a United. Tem alcance global e é dominante em vários aeroportos importantes, mas não relatou os mesmos grandes lucros.
As vendas de assentos Premium têm sido uma fonte particular de força para Delta e United. Um mercado de ações saudável e a aposentadoria de alta renda ajudaram a sustentar a demanda pelos assentos caros que essas companhias aéreas vendem. Os produtos Premium costumavam ser líderes de perda, mas  agora são os produtos com maior margem. “Esta é a verdadeira Manchete para os jornais”,  disse Glen Hauenstein (foto à direita), presidente da Delta. A companhia diz que grande parte de sua receita agora vem de famílias que ganham pelo menos US$ 100 mil por ano. Em alguns casos, consumidores de lazer pagando tarifas altas expulsaram quem faz viagens a negócios, tipicamente os mais procurados porque seus empregadores pagam.

A Copa Airlines voando com escalas, mas pode se aproveitar para conhecer outras cidades. E economizando muito.
Os programas de fidelidade se tornaram uma enorme fonte de lucros. Começando há cerca de uma década, Delta e United mudaram seus programas de fidelidade para recompensar os clientes com base em quanto gastaram, não em quão longe voaram. Agora arrecadam bilhões de dólares a cada ano desses programas, muito disso em lucro. Apenas no terceiro trimestre, a Delta recebeu cerca de US$ 2 bilhões da American Express, que administra seu cartão de crédito. Isso foi 12% a mais do que ganhou no ano anterior. A United disse que a receita de fidelidade no terceiro trimestre aumentou cerca de 9% em relação ao mesmo período do ano passado. Para o passageiro que vai para Houston participar da OTC no ano quem, se quiser pagar mais barato, use a Copa Airlines. É via Panamá, tem escala também nos Estados Unidos, mas pode se aproveitar uma viagem antecipada e programada para conhecer outras cidades antes ou depois do evento gastando-se muiiiito menos.

 publicada em 27 de outubro de 2025 às 5:00                            





