SERVIDORES DA EPE PODEM INICIAR GREVE POR TEMPO INDETERMINADO CASO NÃO CONSIGAM ACORDO POR REAJUSTE SALARIAL

Os empregados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) decidiram intensificar o movimento grevista iniciado no começo do mês. A partir de amanhã (28), os servidores da estatal vão cruzar os braços por 96 horas para pressionar o governo por um reajuste salarial que recomponha as perdas inflacionárias acumuladas. Contudo, uma greve por tempo indeterminado não está descartada caso as negociações não avancem.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Energia do Rio de Janeiro e Região (Sintergia-RJ), caso um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) referente ao período 2025–2026 não seja alcançado até novembro, os empregados preveem uma nova paralisação de 120 horas, entre os dias 10 e 14 de novembro. A partir de 17 de novembro, se as partes não chegarem a um consenso, o movimento poderá escalar para o grau máximo com uma greve por tempo indeterminado.

Em carta aberta encaminhada ao governo, os sindicatos que representam os servidores da EPE alegam que, desde maio de 2014, os salários da EPE estão com perda acumulada de 22,7% para a inflação. Em contrapartida, o texto afirma que outras estatais independentes do tesouro e servidores dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo têm recebido aumentos superiores à inflação.

A carta também apontou que há um acúmulo de perdas reais ainda mais severo nos benefícios essenciais, como os de assistência médica, alimentar e educação. Por fim, os sindicatos se colocaram contra uma  norma proposta pela diretoria da EPE que prevê a demissão de empregados por motivos quaisquer, de forma sigilosa, sem contraditório ou ampla defesa.