ELETRONUCLEAR PEDE APORTE DE R$ 1,4 BILHÃO AO GOVERNO EM MEIO A DIFICULDADES PARA EVITAR “COLAPSO”
Dias difíceis e desafiadores para a Eletronuclear, que precisará de um aporte bilionário para conseguir cumprir com suas obrigações até o fim de 2025. A ENBPar, controladora da empresa, enviou um ofício ao Ministério de Minas e Energia (MME) solicitando ao governo federal um aporte de R$ 1,4 bilhão, sob o risco de um “colapso operacional e financeiro” na estatal nuclear já a partir de novembro.
A companhia precisa de recursos para enfrentar diferentes frentes, incluindo o programa de extensão da vida útil (LTO) de Angra 1 e a manutenção de Angra 3. Segundo o ofício, “os estudos apontam a necessidade adicional de aporte mínimo do controlador, estimado em R$ 1,4 bilhão, a fim de mitigar o risco de perda de controle da Eletronuclear. Essa exigência decorre do Termo de Conciliação e das condições de capitalização previstas para a operação”.
Em dezembro de 2025, a empresa deverá quitar uma dívida de R$ 570 milhões com os bancos BTG Pactual e ABC Brasil, contraída para viabilizar a prorrogação da licença de operação de Angra 1 por mais 20 anos. Além disso, a Eletronuclear desembolsa cerca de R$ 1 bilhão por ano com a manutenção e o serviço da dívida de Angra 3, projeto ainda inacabado e sem geração de receita. Esses custos são cobertos com recursos próprios, já que não estão incluídos na tarifa de energia.
A expectativa da Eletronuclear era obter fôlego financeiro por meio da emissão de R$ 2,4 bilhões em debêntures subscritas pela antiga Eletrobras, que agora seriam assumidas pela J&F. No entanto, a operação ainda não foi concluída. A estatal espera finalizar o processo até dezembro.

publicada em 27 de outubro de 2025 às 13:00 





