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COM NOVOS PRODUTOS E CONTRATOS NO BRASIL, OIL STATES PROJETA DOBRAR DE TAMANHO EM CINCO ANOS

A Oil States projeta um novo ciclo de expansão no Brasil, sustentado por inovação, diversificação e lançamento de novos produtos. Após revisar o planejamento estratégico para os próximos cinco anos, a empresa definiu metas que incluem mais do que dobrar o tamanho do negócio até 2030. É o que revela o diretor-geral da companhia no Brasil, Márcio Robles, nosso entrevistado desta sexta-feira (31). “Ao refazer nosso planejamento estratégico para os próximos cinco anos, observei que temos uma cultura voltada para a inovação, sempre olhando com muito entusiasmo para o que é novo. Isso me dá muita confiança de que os próximos cinco anos da empresa no mercado serão memoráveis. Estou muito otimista”, declarou. Atualmente, a Oil States está executando dois contratos com a Petrobras para inspeção e manutenção de guindastes em plataformas — um na Bacia de Santos e outro no Espírito Santo. Além disso, a companhia iniciou recentemente mais dois novos contratos com a estatal, executando atividades inéditas. Por fim, o executivo revelou que a empresa passará a fornecer os explosivos para fracking de poços ao mercado brasileiro. “A indústria está demandando esse tipo de produto e não há fabricante instalado no Brasil. Nosso foco é atender às campanhas onshore e offshore com esses explosivos”, concluiu.

Para começar, poderia falar um pouco sobre o atual momento do setor de óleo e gás? Como estão as perspectivas de negócios?

O mercado está excelente e as oportunidades estão aí. Eu diria que, diferentemente de 2015, essas oportunidades agora requerem mais inovação e criatividade para serem concretizadas. Ou seja, não podemos continuar pensando da mesma forma; é preciso se reinventar. Isso está alinhado com a cultura da nossa empresa. Ao refazer nosso planejamento estratégico para os próximos cinco anos, observei que temos uma cultura voltada para a inovação, sempre olhando com muito entusiasmo para o que é novo. Isso me dá muita confiança de que os próximos cinco anos da empresa no mercado serão memoráveis. Estou muito otimista.

Como será a estratégia para alcançar esse crescimento?

Nossa estratégia é crescer de forma gradual, degrau por degrau. Os investimentos estão sendo feitos de forma consciente. É preciso investir para acompanhar o mercado, mas de maneira consciente e gradual, ao invés de grandes investimentos com expectativas de longo prazo. O que costumo dizer é que vivemos de incrementos trimestrais. Gosto muito da frase: ‘Podemos mirar na Lua; se errarmos, acertaremos uma estrela’. Mas construiremos isso mês a mês, trimestre a trimestre, ano a ano.

A empresa anunciou alguns contratos importantes neste ano para execução de serviços para a Petrobras. Como está o cronograma de execução?

Parte da equipe da Oil States participou nesta semana da OTC Brasil, no Rio de JaneiroExatamente. São dois contratos importantes para a inspeção e manutenção de equipamentos de convés do tipo guindaste — um na Bacia de Santos e outro no Espírito Santo. O guindaste é um componente extremamente importante na operação de uma plataforma. Muita gente o vê como um equipamento simples de içar carga, mas, se ele não funcionar, a plataforma não opera, pois é essencial para a movimentação de materiais dentro da unidade.

Como parte da nossa estratégia, queríamos expandir nesse mercado — que é bastante relevante. O que nos diferencia é que também somos fabricantes, então a nossa visão de manutenção é muito mais holística, sempre buscando otimizar os serviços e prolongar a vida útil dos equipamentos, agregando valor. Os contratos já estão em execução, todos mobilizados. 

Neste ano também foram anunciados os contratos dos jumpers rígidos para Mero 4 e Búzios 8. Poderia nos atualizar também sobre esses projetos?

A Oil States entregou todos os jumpers dentro do prazo para um projeto anterior, o de Mero 3. Tivemos 100% de aprovação em mais de 200 soldas, sem necessidade de retrabalho, o que é algo raro na indústria do petróleo. Esse resultado se deve muito ao fato de nossos soldadores estarem conosco há mais de dez anos.

Devido a essa performance, conseguimos a continuidade com a Subsea 7 para entregar jumpers para os projetos Mero 4 e Búzios 8, ambos em execução e seguindo o cronograma normal de entrega.

Existem outros projetos em execução que gostaria de destacar?

FPSO Raia

Acabamos de assinar e mobilizar dois contratos muito importantes com a Petrobras: o de Permanent Downhole Gauges (PDG) e o de sensores. São contratos de serviços que não tínhamos realizado antes. Conseguimos mobilizá-los em um prazo bastante interessante, a pedido da própria Petrobras, e a execução começou agora.  Estamos entusiasmados porque isso nos leva a um patamar superior na área de intervenção em poço e de monitoramento, ampliando nosso portfólio de serviços.

Há também outro contrato que finalizamos nesta semana: as soldas da linha de incêndio do FPSO Raia — o contratante é o estaleiro Seatrium e o cliente final é a Equinor. São soldas de titânio, um material nobre e extremamente difícil de trabalhar, que exige muito cuidado. Foram mais de 1.700 soldas com apenas uma com defeito — muito abaixo do índice aceitável de 2,5% de falhas. O resultado é muito expressivo. O cliente pediu antecipação da entrega, fizemos um plano de aceleração e concluímos a entrega dentro do prazo pedido. 

E qual foi o feedback do cliente sobre essa entrega antecipada de soldas para o FPSO Raia?

O cliente disse que foi a melhor performance global em solda já vista. Eu particularmente fiquei bastante orgulhoso, e faremos uma celebração para a equipe, pois é nossa cultura celebrar as vitórias. Este contrato foi muito importante e posiciona a Oil States como uma empresa realmente especializada em soldas exóticas.

Para finalizar, qual é a projeção de crescimento da empresa?

Como mencionei anteriormente, acabamos de refazer nosso planejamento estratégico para os próximos cinco anos, até 2030. Temos avenidas de crescimento que vão desde a ampliação da nossa capacidade de fabricação, serviços de intervenção em poço e uma novidade: os explosivos para fracking de poços.

Atualmente, já fabricamos essa solução nos Estados Unidos. Iniciaremos com a importação desses produtos e criaremos um paiol no Brasil para revenda, até que se justifique algum tipo de montagem local. Por enquanto, a estratégia é importar, ter um paiol e revender. A indústria está demandando esse tipo de produto e não há fabricante instalado no Brasil. Nosso foco é atender às campanhas onshore e offshore com esses explosivos. 

Paralelamente, iniciamos há um ano a nacionalização do nosso conector, que liga na árvore de natal ou no PLET. Já temos um contrato para fornecer alguns conectores montados no Brasil e, a partir de agora, começaremos a fabricar no país, pois já temos capacidade de instalação. 

Costumo dizer que, como temos uma mentalidade empreendedora e inovadora, há coisas que provavelmente faremos que ainda não sabemos o que são. A cada ano, a empresa cresce 10% com o que já conhecemos e mais 10% ou mais com outras oportunidades que surgem ao longo do caminho. Isso faz parte da nossa cultura. Olhando para o médio prazo, nossa meta é mais do que duplicar o tamanho do negócio em cinco anos. 

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