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DM CONSTRUTORA SE VOLTA PARA SETOR DE ENERGIA

A DM Construtora começou a se voltar para o setor de óleo e gás há cerca de cinco anos, quando o cenário mundial estava esfriando e a Petrobrás e o pré-sal já figuravam como destaques para a indústria internacional. O diretor comercial da empresa, Rodson de Sá Freire Ferreira, contou ao repórter Daniel Fraiha como foi esse caminho de mudanças e o que esperam para o futuro.

Por que a DM se voltou para a área de energia?

O segmento de construção e montagem é muito sensível às condições do mercado, e a DM nasceu como uma empresa de infraestrutura, saneamento, estradas, mas com a retração de investimentos do governo, alguns anos atrás, ela focou mais no segmento privado, voltada para o industrial primário, esse industrial pesado, onde se inclui o óleo e gás. Mais recentemente houve a crise no setor privado e a Petrobrás foi a empresa que se manteve forte em investimentos, então naturalmente as atenções se voltaram mais para ela.

E como vocês estão formando esse novo direcionamento?

Junto à Petrobrás. O caminho é o CRCC (Certificado de Registro de Classificação Cadastral), o cadastro de fornecedores deles. Então aproveitando a história da DM, que vem desde 1974, procuramos nos cadastrar em todas as possibilidades que nos eram compatíveis. Conseguimos uma boa classificação, com 32 famílias, várias especialidades, uma posição considerável. A partir daí, você fica preparado para receber os convites e vai para o corpo-a-corpo, o relacionamento junto ao staff da empresa. Passamos então, com essas ações todas, a obter os convites e apresentar propostas.

Já receberam convites?

Já, muitos, estamos atuando nisso há cinco anos. Temos três contratos.

Quais?

Um com a refinaria de Cubatão, a RPBC, que é a ligação da nova termelétrica deles com a planta; um na Relan (Refinaria Landulpho Alves), que podem ser consideradas duas áreas distintas, uma torre de resfriamento industrial de grande porte e um sistema primário de tratamento de efluentes que faz a segregação, destinação e o controle de vazão. O outro é com o Tecab (Terminal de Cabiúnas), em Macaé, um duto de 70 quilômetros, ligando o Tecab com o Bafu (Terminal Barra do Furado) e mais algumas obras junto aos dois terminais.

Estão esperando alguma outra resposta de novos projetos?

Estamos participando de outras concorrências, temos propostas que já foram entregues, mas ainda não foram decididas. Mas em nenhuma dessas estamos com o menor preço. A Petrobrás prioriza a contratação do menor preço desde que ele se mostre sustentável, então estamos fazendo um trabalho de defender nossas propostas, esperando que elas possam se mostrar melhores mesmo sem ser o menor preço.

Essa decisão de mudar o foco mais para o setor de energia está se mostrando uma decisão acertada?

Considerada essa situação de mercado, que é aquilo que norteia as nossas ações, sim. Porque a Petrobrás tem mantido uma carteira de investimentos e consequentemente de contratos bastante considerável. Mas também o fato de essas crises ocorrerem, faz com que mais gente faça o mesmo movimento, a competitividade se torne maior e os preços acabem se tornado mais apertados, e isso tudo gera uma dificuldade em conquistar os contratos da forma e do volume que a gente quer, mas achamos que continua sendo esse o caminho.

Além da concorrência, vocês têm encontrado outras dificuldades?

Não… para conseguir os contratos, a principal dificuldade é a concorrência acirrada, mas para operação e execução dos contratos, ai sim, temos bastante problema com mão-de-obra, que, em função do aquecimento do país e da recente fase pouco ativa, existe uma lacuna de mão-de-obra, especialmente qualificada. Mas é uma coisa que afeta a todos, então estamos em pé de igualdade com todo mundo.

E quais são as expectativas para o futuro nesse mercado?

O Brasil está bastante aquecido, não só a Petrobrás, mas o ramo de papel e celulose, de siderurgia, de mineração… e têm surgido muitas oportunidades. Temos acessado essas oportunidades e conseguido algum sucesso, menos do que a gente deseja, mas acreditamos que essa atividade continue e que a gente possa ser bem sucedido em conquistar o volume de contratos que esperamos. Estamos otimistas em relação a isso.

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