11ª RODADA ARRECADA R$ 2,8 BILHÕES E DEVE GERAR INVESTIMENTOS DE R$ 7 BILHÕES | Petronotícias




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11ª RODADA ARRECADA R$ 2,8 BILHÕES E DEVE GERAR INVESTIMENTOS DE R$ 7 BILHÕES

Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) – 

A 11ª rodada de licitações da ANP foi um sucesso. O total arrecadado com os lances das empresas chegou a R$ 2,823 bilhões em bônus, superando as expectativas iniciais da agência, que variavam entre R$ 2 bilhões e R$ 2,5 bilhões. Pela manhã, quando não paravam de chegar executivos de todo o mundo no hotel Royal Tulip de São Conrado, no Rio de Janeiro, o coordenador de conteúdo local da ANP, Marcelo Mafra, acreditou que o valor poderia superar os R$ 3 bilhões, mas não chegou a tanto. Dos 289 blocos oferecidos, 142 foram arrematados.

“Foi um recorde absoluto entre todos os leilões. Essa rodada está trazendo expectativas de investimentos da ordem de R$ 7 bilhões nos próximos anos”, afirmou a diretora-geral da agência, Magda Chambriard, explicando que há quatro anos a equipe da ANP vinha se preparando para escolher os blocos mais adequados à oferta.

Alguns executivos estavam impressionados com o grande interesse das companhias pelo leilão, chegando a dar lances bem acima do esperado. A visão geral dos empresários durante o leilão era de que a demanda da indústria superou as expectativas.

“Estão dando lances absurdos. A Foz do Amazonas tem questões muito complicadas de logística, então acho que algumas empresas estão vendo coisas que nós não estamos”, disse o diretor de uma petroleira que preferiu não se identificar.

O presidente do IBP, João Carlos de Luca (foto à direita), ressaltou a importância dos leilões para as empresas, que precisam abrir frentes exploratórias constantemente para manter o crescimento, e comentou a ausência de empresas asiáticas, que foram habilitadas a participar da rodada, mas não compareceram.

“Foi um resultado mais de 40% acima do que esperávamos, a volta da Exxon foi um fator importante, além do grande número de operadores presentes. Isso é muito bom porque dinamiza a indústria. Quanto aos chineses, se você olhar para o mundo, vai ver que eles costumam entrar em campos já descobertos”, destacou.

BLOCO RECORDE

Além do recorde de captação de bônus, esta rodada também teve o recorde de lance oferecido por um único bloco. Foi o bloco FZA-M-57, na Foz do Amazonas, arrematado por R$ 345 milhões, pelas empresas Total (40%), Petrobrás (30%) e BP (30%). Antes disso, a maior oferta havia sido de R$ 344 milhões.

Chambriard ressaltou a participação de uma série de empresas, como a BG, que levou 10 dos 26 blocos da bacia de Barreirinhas, a OGX e a Queiroz Galvão, que “estão se consolidando em águas profundas” – nas palavras da diretora -, Petra Energia, que levou 28 blocos, Total, BP, entre outras.

Ao todo, foram 30 grupos vencedores, compostos por 18 empresas estrangeiras – de 12 países – e 12 nacionais.

MAIS CAUTELA COM CONTEÚDO LOCAL

Um dos índices que caiu em relação ao último leilão foi o de conteúdo local, fato apontado por Magda como consequência das multas aplicadas constantemente pela agência por descumprimento de percentuais acordados em licitações anteriores.

“As empresas foram bem mais cautelosas do que no passado. Você pode ver que muitos ofertaram o índice mínimo de conteúdo local na fase de exploração, de 37%”, ressaltou.

A diretora destacou ainda que a maior questão em relação à Margem Equatorial será a logística, por ser uma área isolada da cadeia de fornecedores e sem bases de apoio.

LEILÃO DE GÁS

A diretora da ANP acredita que a grande procura por blocos terrestres seja um bom indício para a rodada específica para a produção de gás natural, que deve ocorrer no final de outubro deste ano.

“Houve um grande apetite por essas áreas. Com isso, já temos um bom parâmetro para a rodada de outubro”, disse.

Para ver o resultado final do leilão, clique aqui.

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