USO DE TÉRMICAS BATE RECORDE NO MÊS DE JUNHO
Mesmo após o anúncio do governo, em maio, de que quatro usinas térmicas seriam desligadas, a geração das unidades chegou, no mês de junho, a 14.396 MW, um recorde segundo a comercializadora de energia Compass. Segundo Paulo Mayon, diretor da Compass, o aumento pode ser explicado pela entrada em operação das usinas de Pecém e Parnaíba. O executivo afirmou que o volume despachado indica que praticamente todo parque térmico está ligado.
De acordo com Mayon, até o fim do período seco, em novembro, é esperado que os reservatórios continuem esvaziando, atingindo 43% na região Sudeste. Por isso, as térmicas terão de continuar ligadas, pois, segundo o executivo, se a ONS retirar mais térmicas do sistema, os lagos das hidrelétricas correrão o risco de chegar, em novembro, abaixo da meta de 43%, o que comprometeria a segurança energética em 2014.
Para não deixar as contas de energia mais caras, o governo está arcando com os gastos proporcionados pelo acionamento das usinas, que se aproximam de R$ 1 bilhão por mês. Recursos estão sendo repassados às distribuidoras para que elas só aumentem as tarifas em 3% neste ano.
A partir de agosto, entrará em vigor um novo sistema, que mudará a forma como são financiadas atualmente as usinas térmicas pelo setor elétrico. O custo com as térmicas passará a estar embutido no Preço de Liquidação das Diferenças, o preço da energia no mercado de curto prazo.
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