FALCK PLANEJA ABRIR DUAS NOVAS UNIDADES NO BRASIL

A Falck Nutec, voltada para treinamento e capacitação na área de segurança marítima, está trocando o nome para Falck Safety Services. As mudanças, que envolvem ainda uma nova logomarca, fazem parte da estratégia de consolidação global da companhia dinamarquesa e incluem planos de expansão no Brasil. O diretor comercial da Falck no Brasil, Marcello Reis, contou que a empresa planeja abrir duas novas unidades no país, sendo uma no Rio de Janeiro e outra em Vitória (ES), além da matriz situada em Macaé. Outra novidade é a abertura de novos cursos, que qualificarão operadores de produção, operadores de sala de controle (CCR), operadores de sala de produção (CRO) e supervisores de produção.

Como é a estrutura da Falck Nutec no Brasil?

Hoje estamos operando em Macaé. Temos dois centros de treinamento, um voltado para área de combate ao incêndio e formação de brigadistas, e um para a parte prática de cursos de sobrevivência no mar, espaço confinado, trabalho em altura e HUET [Helicopter Underwater Egress Training – Treinamento de Escape de Helicóptero Submerso, em tradução livre].

Quais são os mais procurados?

O HUET e o Bosiet, que no Brasil tem a sigla CBSP, mais conhecido como salvatagem. O HUET não é mandatório no Brasil, ou seja, não existe regulação específica para ele. Nós somos a primeira empresa da América do Sul a ser certificada pela organização escocesa OPITO, que criou padrões de treinamento para a indústria de petróleo e gás muito utilizados nas operações do Mar do Norte. Temos essa certificação para os cursos Bosiet e Tropical HUET.

Quantos alunos são formados por ano pela empresa?

Mundialmente, mais de 250 mil pessoas foram treinadas no último ano. O Brasil está entre os principais mercados, mas não podemos dar dados das operações locais.

Quais são os maiores desafios globais na área de segurança marítima?

São vários. Um deles é o alinhamento das certificações internacionais. Porque as vezes a pessoa faz um curso em um país e vai atuar em outro, com regulação diferente. O alinhamento dessas exigências e certificações de maneira uniforme é um grande desafio da área de treinamento mundial.

O mercado reclama da falta de profissionais qualificados? Quais são as funções em que mais faltam profissionais qualificados na visão da empresa?

Na área de salvatagem e HUET não existe isso, porque o mercado consegue suprir bem a demanda, mas o que temos ouvido de reclamação das empresas é a falta de qualificação técnica, que não é a nossa área.

Há planos de expansão da empresa no Brasil?

Estamos passando por um processo de mudança, incluindo o nome e a logomarca da empresa. Agora ela passará a se chamar Falck Safety Services. Estamos aprimorando para oferecer um serviço cada vez mais global. Onde tiver operações da indústria de petróleo, nós queremos estar presentes, olhando também para outros mercados de segurança adjacentes.

Há planos de abrir novas unidades no país?

Temos planos de abrir unidades no Rio de Janeiro e em Vitória (ES). Estamos à procura da área, conversando com clientes e, provavelmente, elas serão inauguradas no primeiro semestre de 2014.

Também serão realizados novos cursos?

Junto com a mudança de nome, que reflete nosso desejo de ampliar os serviços de segurança e treinamento, estamos lançando cursos para empresas de produção de petróleo, que operam FPSOs. São cursos de operador de produção, operador de sala de controle (CCR), de sala de produção (CRO), e supervisor de produção. São as pessoas responsáveis por controlar toda produção de petróleo nas plataformas. Será teórico e prático, com uso de simulador de processos de produção.

Será voltado para empresas ou pessoas físicas também poderão se inscrever?

No primeiro momento vamos fazer para empresas, aperfeiçoando o curso. Depois elas vão nos dizer quais os melhores perfis para esse curso, então partiremos para as pessoas físicas, quando o conteúdo do curso estiver totalmente alinhado com as práticas do mercado.

A empresa já tem clientes para estes novos cursos?

Temos um grande cliente em vista e as primeiras turmas já estão sendo formadas. Estamos em fase final de formatação, mas as atividades devem começar em dois meses.