GREENPEACE PROTESTA CONTRA CHEVRON POR VAZAMENTO EM CAMPOS
Ativistas do Greenpeace fizeram um protesto hoje em frente à sede da Chevron no Rio de Janeiro, um dia após a Polícia Federal anunciar que vai investigar o vazamento ocorrido no Campo de Frade, em que a empresa americana estava operando quando ocorreu o acidente. A atividade exploratória estava sendo feita a 1,2 mil metros de profundidade, a cerca de 370 km do costa carioca, e a mancha de óleo estava a cerca de 120 km da costa nos últimos dias.
O derramamento de óleo ainda não tem uma dimensão exata definida, mas já foi estimado por diversas fontes. A própria Chevron havia anunciado na terça-feira que calculava um derramamento entre 400 e 650 barris, número que passou a mil nas contas da ANP. Uma ONG americana chamada SkyTruth, que se propõe a monitorar danos ambientais ao redor do mundo e utiliza imagens de satélites, calculou pela extensão das manchas escuras nas fotos que pode chegar a 15 mil barris o total de óleo derramado.
A ANP anunciou na noite de ontem que a cimentação no fundo do mar já começou e a primeira etapa foi concluída. Ainda de acordo com a agência, o óleo está se afastando da costa brasileira. “Informações de técnico da ANP na plataforma de perfuração do poço 9-FR-50DP- RJS, operado pela Chevron, dão conta de que o 1º estágio de cimentação, para abandono definitivo do poço, foi concluído com sucesso”, afirmou a agência em nota.
O Ibama já avisou que a empresa deverá pagar por danos ambientais, porém ainda não pode falar em valores, por não saberem a extensão total do acidente. O órgão emitiu comunicado afirmando que “a empresa será autuada assim que o vazamento for estancado, pois o valor da multa é proporcional ao dano ambiental causado”.
Ontem a Marinha do Brasil enviou uma comissão para se reunir com representantes da Chevron, na sede da empresa, no Centro do Rio, porém o teor da conversa não foi divulgado. A empresa emitiu outro comunicado na tarde de ontem afirmando que a cimentação dos locais de vazamento havia começado.
A causa apontada pela Chevron para o acidente seria uma falha geológica a cerca de 150 metros de distância de um poço injetor, enquanto a polícia federal acredita que a companhia tenha perfurado o poço 500 metros além do que era programado. A avaliação da PF aponta uma rachadura no solo subaquático de 280 a 300 metros de extensão, em perfuração a 1,2 mil metros de profundidade.
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