PACOTES DE LICITAÇÃO DAS REFINARIAS PREMIUM DEVEM SER LANÇADOS ATÉ ABRIL
Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) –
O mercado de construção e montagem especializado em onshore tem motivos para sorrir, caso a previsão da presidente da Petrobrás, Graça Foster, se concretize. Ela estima que os pacotes de licitação das refinarias Premium I, no Maranhão, e Premium II, no Ceará, sejam lançados até abril do ano que vem.
Graça não deu estimativas de custo das unidades, mas disse que os projetos passaram por um longo processo de revisão e atualização, a partir da contratação de uma empresa americana, até chegar ao preço que a estatal considerasse interessante.
“Saímos aqui do Brasil, porque já tínhamos insistido demais com várias soluções brasileiras, e levamos o projeto pra fora. Ele veio com um VPL [Valor Presente líquido] melhor, mas não nos atendeu ainda. A equipe de engenharia do Cenpes, com a equipe do Cosenza [diretor de abastecimento], foi para os Estados Unidos de novo (…) e na terceira leva veio um VPL que consideramos robusto o suficiente para os dois projetos. Fizemos mais uma contratação com essa empresa para que ela prepare conosco todo pacote de documentos e algumas simplificações adicionais que o Cosenza ainda quer fazer”, afirmou.
A presidente da petroleira afirmou ainda que as duas refinarias não estão confirmadas no plano de negócios, mas que a expectativa é incluí-las no próximo a ser lançado.
“Se confirmar as estimativas que foram feitas com base em dados de mercado, elas são ativos que dão resultado positivo e agregam valor ao conjunto de projetos da Petrobrás. A outra premissa é que haja espaço dentro da financiabilidade da companhia para que a gente possa partir para a contratação. A gente crê que sim, porque o ano que vem e o ano de 2015 não são anos com grandes demandas de recursos, e a nossa produção já vai ter alcançado as metas”, disse.
Segundo Graça, a confirmação da construção das refinarias, além de depender da capacidade da empresa em empregar recursos nos grandes projetos, também precisará ser ratificada pela resposta do mercado nas ofertas feitas durante a licitação.
“Todo projeto entra na fase de contratação [antes de estar no plano], mas é preciso que o mercado diga que aquilo que eu estou dizendo, que a gente faz uma estimativa, por exemplo, de US$ 250 milhões, que ela [o preço ofertado pelos fornecedores] venha dentro da estimativa. Então o somatório da estimativa de diferentes fornecedores têm que trazer para nós a estimativa total”, concluiu.
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