CABRAL DIZ QUE CHEVRON VAI PAGAR CARO PELO VAZAMENTO DE FRADE
As declarações sobre o vazamento da Chevron no Campo de Frade, na Bacia de Campos, ainda estão movimentando o mercado de especulações sobre o futuro da empresa no Brasil. Enquanto o governador do Rio, Sérgio Cabral, anunciava, durante a sua participação em um seminário nos EUA, que a empresa americana “vai pagar caro pelo dano que causou”, a Chevron se mostrava surpresa com a reação das autoridades brasileiras.
Em entrevista publicada pelo Wall Street Journal, o presidente da companhia norte-americana para a África e para a América Latina, Ali Moshiri, disse que estava intrigado com a atitude dos brasileiros em relação ao vazamento. “Nunca vi um vazamento tão pequeno gerar tamanha reação”, afirmou o executivo, que ainda classificou de exagerada a reação do Brasil.
O dirigente da empresa americana aproveitou para culpar também as autoridades brasileiras em relação a demora das atividades de contenção e reparo do vazamento, afirmando que a companhia precisou consertar o vazamento enquanto seus empregados eram intimados pela polícia federal, o que chamou de “um fardo incrível”.
Moshiri também deixou escapar que o acidente em Campos não foi uma coisa pontual e, em sua opinião, pode acontecer novamente. “Se alguém acha que esse tipo de incidente não vai se repetir, eu gostaria de conversar com essa pessoa”, disse.
O governador carioca participou de um seminário em Nova York e fez declarações sobre o incidente, deixando claro que não vai tolerar este tipo de erro nos mares cariocas e que vai buscar a punição de quem puder causar danos ambientais que pudessem ser evitados. “O que aconteceu foi absoluta falta de cautela e um desejo de explorar um campo envelhecido, em fim de produção, de maneira irresponsável. Eles têm que assumir e dizer ‘nós erramos’”, afirmou Cabral.
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