TRANSDATA APOSTA EM PARCERIA COM EMPRESA ITALIANA NO SETOR DE LOGÍSTICA
Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) –
Especializada em transporte de cargas complexas, a Transdata, com sede em São Paulo, vem buscando aumentar seu espaço na cadeia de óleo e gás, onde já prestou serviços logísticos para a Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, e o Comperj, no Rio de Janeiro. Neste último, entregaram o Pipe Rack, serviço que garantiu à empresa o prêmio de melhor trabalho do ano desenvolvido com o equipamento SPMT (Linha de Eixo Autopropelida), concedido pela Associação Europeia de Transporte Anormal e Guindastes Móveis (ESTA, na sigla original). Com sete filiais espalhadas por seis estados brasileiros, a empresa formou uma joint venture com a italiana Fagioli em 2012, a TFB, e vem apostando na parceria para movimentações de cargas complexas com peso superior a 1.000 toneladas. O presidente da Transdata, Fabio Gaeta, conta que estão trabalhando para aumentar o faturamento em 18% este ano no país e planejam investir também no Mercosul.
Qual a estrutura da Transdata no país atualmente?
A nossa matriz está localizada em São Paulo (SP), onde ficam concentradas as atividades administrativas, e temos filiais em Cubatão (SP), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Fortaleza (CE), Canaã dos Carajás (PA), Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre (RS). Hoje contamos com equipamentos de última geração, como as SPMT’s (linhas de eixo autopropelidas), que são guiadas pelo operador através de controle remoto, dispensam o uso do cavalo mecânico para tração e apresentam maior rotação em seus eixos. Também temos guindastes sobre esteiras com capacidade de até 750 toneladas, que oferecem a vantagem de se locomover com total segurança, reduzindo custos de montagem e desmontagem.
Quais os principais contratos em vigor?
Prestamos serviços para implantação dos maiores e mais importantes empreendimentos brasileiros, como por exemplo Comperj e Rnest, no setor de óleo e gás, e Canaã dos Carajás, na área de mineração. Nossa atuação é forte também no setor de energia eólica e hidrelétrica, mercados importantes em termos ambientais.
Como se deu a formação da joint venture com a italiana Fagioli?
A Transdata percebeu que o mercado brasileiro precisava adotar tecnologias já utilizadas nos países mais desenvolvidos para oferecer melhores soluções aos projetos, focando em reduzir custos e prazos. A Fagioli tem a maior frota de SPMT’s no mundo, é uma empresa que tem mais de 60 anos de tradição no mercado mundial de movimentação de cargas complexas e também procurava expandir seus negócios para a América Latina. Unimos nossos objetivos com sucesso e hoje já atendemos contratos importantes. O principal objetivo da parceria é o de executar movimentações de cargas complexas com peso superior a 1.000 toneladas, combinando o que há de mais moderno em termos de engenharia e tecnologia.
O que a área de óleo e gás representa para a empresa?
A Transdata atua em vários setores da economia e nosso crescimento na área de óleo e gás vem aumentando anualmente.
Há algum plano voltado para o mercado offshore?
Estamos entrando no mercado oferecendo alta tecnologia para fornecimento de serviços no setor offshore. Planejamos uma entrada com uma solução inovadora em 2014.
Quais têm sido os maiores desafios logísticos nas áreas naval e de óleo e gás? Como a empresa tem se articulado para superá-los?
Basicamente, o principal desafio é a deficiência da infraestrutura logística brasileira. É um problema que enfrentamos desde o início de nossas atividades, há mais de 30 anos. A deficiência estrutural de nossa malha viária dificulta a viabilidade do transporte das cargas super dimensionadas ou pesadas. Por trás de cada operação, desenvolvemos um rígido estudo de viabilidade, em que realizamos uma análise física do melhor percurso, tendo em vista os obstáculos enfrentados. Muitas vezes é necessário reforçar a capacidade portante das pontes e retornar grandes distâncias para evitar baixos viadutos ou passarelas, o que prolonga os prazos de entrega do projeto e encarecem a operação.
A empresa tem planos de expansão? Pretende abrir novas unidades/escritórios?
Trabalhamos para até o final de 2013 obter maior participação de mercado e temos como objetivo aumentar em 18% o faturamento da empresa em todos os segmentos, investindo também no Mercosul.
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