ELETROBRÁS TEM PREJUÍZO TRIMESTRAL DE R$ 915 MILHÕES

Perto do fim do ano, a Eletrobrás fechou o penúltimo trimestre com prejuízo líquido de R$ 915 milhões. O montante difere bastante dos R$ 164 milhões lucrados no trimestre anterior, e ainda mais do lucro de R$ 1 bilhão no mesmo período de 2012. O somatório do Ebitda das empresas controladas foi de R$ 298 milhões, cerca de 200 milhões menor que os R$ 501 milhões, na mesma comparação. Já a Receita Operacional Líquida passou de R$ 5,925 bilhões para R$ 6,091 bilhões. O prejuízo acumulado no ano é de R$ 787 milhões.

O maior impacto positivo, segundo a empresa, foi a reversão dos contratos onerosos do quarto trimestre de 2012, de R$ 330 milhões. No fim de 2012, o valor desses contratos chegava a R$ 5,15 bilhões, tendo sido reduzido a R$ 4,04 bilhões. No segundo trimestre a reversão havia sido de R$ 740 milhões.

Já o que mais prejudicou foi a provisão operacional de R$ 510 milhões, sendo R$ 480 milhões referentes a perdas de ativos financeiros. Houve também uma provisão de contingências de R$ 450 milhões.

A despesa de pessoal cresceu em 30%, sendo cerca de R$ 300 milhões reservados para as verbas rescisórias dos empregados que já se desligaram da empresa. Houve também o dissídio coletivo dos colaboradores, retroativo a maio. A empresa pretende usar as verbas provisionadas no Programa de Incentivo ao Desligamento para custear a companhia nos próximos anos. O grupo estatal foi o mais afetado pela renovação onerosa das concessões, da presidente Dilma Rousseff.