12ª RODADA ARRECADA R$ 165 MILHÕES EM BÔNUS DE ASSINATURA
Por Daniel Fraiha, Davi de Souza e Rafael Godinho –
A 12ª rodada de licitações da ANP chegou ao fim antes do programado, no início da tarde desta quinta-feira (28), no Rio de Janeiro, com R$ 165,196 milhões arrecadados por meio de bônus de assinaturas. Foram ofertados 240 blocos, dos quais apenas 72 encontraram compradores. A dificuldade de escoar a produção e a falta de infraestrutura em algumas das áreas foram apontadas como os principais fatores para o interesse reduzido. O Petronotícias faz a cobertura completa da rodada, com entrevistas com representantes do setor, o acompanhamento de todos os resultados e as repercussões.
O leilão garantiu a concessão de uma área total de 47.427,60 Km², divididos em cinco bacias sedimentares – Paraná, Parnaíba, Acre, Sergipe-Alagoas e Recôncavo -, além de um programa exploratório mínimo de 129.761 Unidades de Trabalho e R$ 503,525 milhões de investimentos. Nenhuma empresa demonstrou interesse nas bacias de Parecis e de São Francisco.
O presidente do IBP, João Carlos de Luca, afirmou durante a rodada que a pequena quantidade de ofertas apresentadas para algumas área se deu pelas restrições de desenvolvimento dos blocos.
“Algumas áreas são muito inóspitas, sem infraestrutura, então como vai escoar essa produção? Em Juruá (no Amazonas), por exemplo, a primeira descoberta foi em 1978 e até hoje não houve produção”, afirmou.
O diretor da ANP Florival Carvalho disse que vê o resultado do leilão como positivo para o que esperavam, já que o ano foi marcado por três rodadas de licitações de blocos exploratórios, reconhecendo o interesse reduzido em relação a algumas áreas, como as bacias de Parecis e São Francisco, que não receberam ofertas.
“Parecis é uma bacia de nova fronteira, então já esperávamos que houvesse pouca procura. Em relação à Bacia de São Francisco, a falta de ofertas se deu pelas informações recentes que obtivemos com a conclusão de um poço perfurado pela própria ANP, há cerca de dois meses. Perfuramos em uma área próxima à dos blocos ofertados e encontramos o embasamento da bacia (a rocha onde ela termina) a uma profundidade muito menor do que era esperado, então isso afastou o interesse do mercado”, disse.
O ágio médio do leilão foi de 755,95% para o total arrecadado com bônus de assinatura e de 322,89% para o investimento mínimo previsto. Ao todo, 12 empresas fizeram ofertas, sendo quatro estrangeiras e oito brasileiras, mesma divisão em relação às vencedoras. Os vencedores vieram de cinco países, incluindo o Brasil. O Conteúdo local médio ficou em 72,61% para a fase de exploração e 84,47% para a fase de desenvolvimento.
O maior bônus ofertado foi de R$ 15.147.190 e o menor foi de R$ 143.268, sendo que a média de todos ficou em R$ 2.294.397,17.
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