EMPRESAS SE FUNDEM EM APENAS UM CONSÓRCIO, DÃO DESCONTO E VÃO ASSINAR MONTAGEM DE ANGRA 3
Ufa! Parece que agora sai. A Eletrobrás venceu a queda de braço. Depois de meses pousado na mesa do conselho da Eletrobrás, finalmente o contrato para a montagem da usina nuclear Angra 3 deverá ser assinado. Mesmo depois de ter ultrapassado uma verdadeira corrida de obstáculos, com barreiras impostas primeiramente pela Construcap, que entrou na justiça contra o resultado da licitação, e posteriormente por técnicos do Tribunal de Contas da União, o contrato foi negociado mais uma vez. A Eletrobrás queria um desconto de 15% das empresas vencedoras. Depois de muitas negociações, os dois consórcios se fundiram em um só, assim como em Angra 2 , e concederam um desconto de 6%.
O contrato deve ser assinado ou no final deste mês ou logo depois da realização da Copa do Mundo. Ainda não há data certa. O presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro (foto) disse que estava esperando o fim das negociações para a fusão dos dois consórcios e também do percentual de desconto que seria concedido à Eletronuclear. O preço final ficou em R$ 2,63 bilhões de reais, um desconto de mais de R$ 163 milhões.
O consórcio responsável pela montagem da usina é composto pela EBE, Techint, Queiroz Galvão, que inicialmente tinha ficado com os serviços associados aos sistemas nucleares, e a Andrade Gutierrez, Odebrecht, Camargo Corrêa e UTC Engenharia, que eram responsáveis pelas obras dos sistemas convencionais. O prazo inicial para usina entrar em operação seria 2018, depois da decisão da mudança no projeto que passou de analógico para digitas, aumentando ainda mais a sua segurança. Com mais o atraso para a assinatura do contrato de montagem, especialistas acreditam que a operação será iniciada em 2019.
A usina nuclear Angra 3 fará parte da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), em Angra dos Reis, e terá capacidade para gerar 1.405 MW. A Central Nuclear já conta com as usinas Angra 1, com potência de 640 MW, e Angra 2, de 1.350 MW, que somadas geram o equivalente a um terço do consumo de energia elétrica do estado do Rio de Janeiro e representam 3% da geração nacional. A primeira foi inaugurada em 1985 e a segunda, em 2001.
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