LÂMPADAS INCANDESCENTES DE 60 WATTS DEIXARÃO DE SER PRODUZIDAS EM JULHO
A partir de 1º de julho, deixarão de ser produzidas e importadas as lâmpadas incandescentes de 60 Watts. A decisão é consequência de decisão dos Ministério de Minas e Energia (MME), da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC) na Portaria Interministerial 1007, que fixou índices mínimos de eficiência por tipo de lâmpada, levando-se em conta o fluxo luminoso e a potência elétrica consumida. As que atendem às características poderão ser vendidas até junho de 2015, com a substituição por outros modelos acontecendo gradativamente até 2016, e a fiscalização está a cargo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria da Iluminação (Abilumi), Georges Blum (foto), a decisão representa o fim de um ciclo. “A lâmpada incandescente foi inventada há cem anos e foi útil até agora, mas com as necessidades modernas, chegou ao fim. Com mais de um século de idade, ela não mudou muito desde que foi criada por Thomas Edison. Ela cumpriu seu papel dignamente”, analisou. As lâmpadas incandescentes de 60 Watts podem ser trocadas por lâmpadas fluorescentes compactas, incandescentes halógenas ou lâmpadas a led. Segundo a Abilumi, ao longo de um ano, se somados os valores economizados apenas com uma lâmpada substituída, a economia pode chegar a R$ 25.
No entanto, para Georges Blum, a lâmpada a led ainda não oferece preços atrativos para a maioria dos consumidores. O consumo deste tipo de lâmpada foi de 17 milhões em 2013, contra 250 milhões de incandescentes e 200 milhões de fluorescentes compactas. “O preço da lâmpada de led está caindo muito. A cada ano, cai 50%. Hoje, o mercado tem mais ou menos 15% de led e 30% de fluorescente. O grande problema é que, no Brasil, a lâmpada de led assusta. Nem todos sabem que ela dura até 25 anos, enquanto a compacta dura seis. Apesar da diferença de preço: a led custa cerca de R$ 40 e a fluorescente, R$ 10, há menos manutenção”, completou.
Para Isac Roizenblatt, diretor-técnico da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux), as substituições das lâmpadas trarão enormes ganhos para os consumidores, que pagarão menos na conta de luz. Ele afirmou ainda que o meio ambiente ganhará com a menor produção de calor, de gás carbônico e, portanto, de efeito estufa. “O país ganhará economizando recursos para gerar e transmitir energia. Há previsões de que no mundo, por volta de 2020, cerca de 70% do faturamento em iluminação será de produtos com led”,disse.
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