TRIBUNAL SUÍÇO ABRE AÇÃO PENAL CONTRA PAULO ROBERTO COSTA
A Justiça Federal de Berna, na Suíça, abriu ação penal contra Paulo Roberto Costa (foto) por lavagem de dinheiro. O ex-diretor da Petrobrás mantinha 12 contas no país europeu, onde estão depositados US$ 23 milhões em seu nome e US$ 5 milhões no nome de seus familiares. Apenas a primeira quantia foi bloqueada, já que somente Costa é processado pela Justiça brasileira. Por essa razão, o procurador federal de Lausanne, na Suíça, Luc Leimgruber, enviou o documento para o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional da Secretaria Nacional de Justiça, do Ministério da Justiça, comunicando a abertura do processo penal contra o ex-diretor da Petrobras.
Segundo o documento suíço, Paulo Roberto Costa teria recebido, entre 2011 e 2012, propinas para a adjudicação das obras no âmbito da construção das refinarias de Abreu e Lima, sendo também acusado de desvio de fundos públicos no âmbito da compra da refinaria americana Pasadena. “Por outro lado, parece que Humberto Sampaio de Mesquita e Marcio Lewkowicz, genros de Paulo Roberto Costa, assim como Arianna Azevedo Costa Bachmann e Sanni Azevedo Bachamann, filhas do ex-diretor, seriam também objeto da investigação conduzida no Brasil por ter ajudado Paulo Roberto na lavagem de dinheiro, particularmente ocultando haveres e documentos”, diz o documento.
Na última quarta-feira, Paulo Roberto Costa foi novamente preso a pedido do Ministério Público Federal (MPF), com base em provas de que possui milhões de dólares não declarados no exterior, além das acusações anteriores. A operação bloqueou também outros US$ 5 milhões no exterior, que estariam em contas de familiares do ex-diretor e em nome do doleiro Alberto Yousseff, acusado de comandar um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobrás. A investigação aponta que o dinheiro nas contas do exterior seria fruto de desvios de contratos da construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Ele foi transferido na manhã de quinta-feira para a Superintendência da Polícia Federal de Curitiba, onde permanecerá detido preventivamente.
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