UNIVERSIDADE DE LIVERPOOL DESENVOLVE MÉTODO MENOS TÓXICO PARA PRODUÇÃO DE CÉLULAS SOLARES

Mais baratas e menos tóxicas para o ambiente e para o ser humano em relação às células de silício, as células de telureto de cádmio são o novo método desenvolvido por cientistas da Universidade de Liverpool para produção de células solares. No lugar de uma placa espessa, a novidade consiste de um filme que pode ser depositado sobre vidro ou até sobre superfícies flexíveis.

 A descoberta inicial foi que o cloreto de cádmio, necessário para banhar esse filme, era tóxico devido ao cloro. Assim, o composto foi substituído pelo telureto de cádmio. “Sabemos que existe mais de um cloreto. O que fizemos foi simplesmente pegar um catálogo e checar quais cloretos poderíamos comprar em lojas, quais não eram tóxicos e quais eram baratos”, disse o pesquisador John Major.

A primeira tentativa foi usar o cloreto de sódio, mas a eficiência ficou abaixo do esperado. Outros cloretos foram testados, sem sucesso. Quando os pesquisadores experimentaram o cloreto de magnésio, que vale cerca de 1% do cloreto de cádmio e não tem toxicidade nenhuma, a performance foi praticamente idêntica. “Substituir o cloreto de cádmio por uma substância natural pode fazer com que a indústria economize grande quantia de dinheiro e reduza o custo geral para produzir energia solar”, acrescentou o pesquisador.