SETOR SUCROALCOOLEIRO DEFENDE AUMENTO DO USO DE BAGAÇO DE CANA NA GERAÇÃO DE ENERGIA | Petronotícias




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SETOR SUCROALCOOLEIRO DEFENDE AUMENTO DO USO DE BAGAÇO DE CANA NA GERAÇÃO DE ENERGIA

Danielle LimiroEm momento de crise no setor sucroalcooleiro e escassez de água nas principais baias hidrográficas do país, novas soluções para geração de energia começam a ganhar destaque entre as entidades do segmento. Uma saída para a crise energética apontada por eles é a bioenergia, sendo um bom exemplo o bagaço da cana-de-açúcar, utilizado como biomassa. Através de processos industriais, a biomassa pode ser convertida quase que integralmente em energia elétrica aproveitável. No período de abril a novembro, as usinas estão moendo a cana para produzir açúcar e etanol e, consequentemente, podem gerar energia elétrica através da queima do bagaço. Este recurso poderia ser melhor aproveitado, poupando água das represas, no período crítico de estiagem, evitando o risco de racionamento de energia, de acordo com os defensores do insumo.

Segundo o gerente em bioeletricidade da União da Indústria de cana-de-açucar (ÚNICA), em São Paulo, se houvesse uma política de investimentos em bioeletricidade, 50% da energia ofertada à rede elétrica pelas usinas paulistas poderia vir desta fonte. “Se isto ocorresse, nossa oferta para a rede seria quatro vezes superior à realizada na safra passada e tudo isto com uma biomassa já existente nos canaviais, apenas promovendo o retrofit (reforma) das usinas e o aproveitamento parcial da palha na geração”, afirmou Zilmar de Souza.

De acordo com Danielle Limiro (foto), sócia da B2L Investimentos e advogada especialista em bioenergias, a descoberta do pré-sal também tem sua parcela de culpa na falta de atenção ao setor de bioenergia. “Desde a descoberta do pré-sal tem prevalecido um desprezo institucional contra o setor sucroalcooleiro, uma incoerência populista, enquanto os biocombustíveis são cada vez mais levados a sério em mercados mais livres e desenvolvidos. O setor é muito promissor e eu acredito que a união dos produtores é o melhor caminho, seja para cobrar do poder público maior incentivo, seja para fazer uma revolução na gestão agroindustrial”, declarou Danielle.

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