PROPINAS PODEM TER PASSADO DE R$ 3 BILHÕES DURANTE GESTÃO DE PAULO ROBERTO COSTA NA ÁREA DE ABASTECIMENTO DA PETROBRÁS

Considerando-se a fatia de 3% sobre o valor dos investimentos correspondente a uma suposta comissão que empresas contratadas pela Petrobrás pagavam a políticos, as propinas da área de abastecimento da estatal podem ter chegado a R$ 3,37 bilhões durante a gestão de Paulo Roberto Costa (foto), entre maio de 2004 e abril de 2012. Nesses oito anos, foram gastos 108,13 bilhões foram gastos no país e R$ 4,26 bilhões no exterior.

Atualmente preso, o ex-diretor revelou o percentual à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal em troca do benefício da colaboração premiada, que poderá diminuir sua pena. Atrás apenas da área de exploração e produção de petróleo, os aportes na área de abastecimento representaram, durante a gestão de Paulo Roberto Costa, 27,8% dos R$ 403 bilhões investidos pela Petrobrás.

No depoimento, Paulo Roberto Costa acusou um grupo que envolve governadores e parlamentares de participar do esquema de corrupção. Entre os nomes revelados estão os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves; do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão; do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral; da atual governadora do Maranhão, Roseana Sarney; e do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto no mês passado em acidente aéreo.