PREVISÃO DA EPE INDICA AUMENTO DE 125,8% NO DÉFICIT DO PAÍS COM GASOLINA ATÉ 2023
Mesmo com os investimentos previstos em US$ 29,2 bilhões na área de refino no período 2014-2023, o crescimento da demanda por gasolina fará com que, nesse decênio, o déficit do combustível no país aumente em 125,8%, para 28,9 milhões de litros por dia, segundo projeções da Empresa de Pesquisa em Energia (EPE).
A avaliação foi divulgada no Plano Decenal de Energia (PDE 2023). A construção de quatro novas refinarias, com investimento total previsto em US$ 29,2 bilhões, não será suficiente para reverter os déficits com a importação de combustíveis no país. As principais necessidades serão gasolina, gás liquefeito de petróleo (GLP) e coque. A balança de petróleo cru, por outro lado, tende a ficar superavitária com o crescimento da produção do pré-sal.
O parque de refino brasileiro terá capacidade para produzir 515,9 milhões de litros por dia em 2023, após a conclusão das quatro novas unidades de refino: a Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e as refinarias Premium do Ceará e do Maranhão. O consumo de derivados deverá chegar à casa dos 541,3 milhões de litros por dia, crescimento de 30% com relação a este ano.
Considerando-se apenas o diesel, o Brasil deverá se tornar exportador em 2023, com saldo de 7,1 mil metros cúbicos por dia. O plano prevê que, entre 2019 e 2021, a balança de derivados de petróleo será positiva, voltando ao déficit em 2022, com a redução das exportações de óleo diesel, causada pelo crescimento do consumo interno. Já no caso do petróleo, o país deve manter a condição de exportador líquido durante todo o período analisado pelo PDE. A produção nacional dobrará, passando de 2,55 milhões para 4,8 milhões de barris por dia.
O plano estima investimentos de US$ 348 bilhões em exploração e produção de petróleo no período, incluindo os US$ 154 bilhões projetados pela Petrobrás em seu plano de negócios até 2018. Para sustentar o crescimento da produção, o Brasil vai demandar 74 novas plataformas de produção, 34 delas já previstas pela estatal.
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