FEIRA NA ALEMANHA MARCA DESESTÍMULO DO MERCADO INTERNACIONAL COM O SETOR NAVAL BRASILEIRO
A maior feira do setor naval no mundo, a SMM, em Hamburgo, na Alemanha, chega ao fim nesta sexta-feira (12) marcada pelo desestímulo do mercado mundial em investir no setor naval brasileiro. Os principais problemas apontados giram em torno da complexidade de impostos que atrasam o segmento no país.
Com cerca de 10 mil pessoas circulando pelos pavilhões a cada dia, a feira reúne todas as vertentes da indústria naval, incluindo desde armadores, operadores logísticos, estaleiros e fabricantes de motores, até fornecedores de diversos tipos de equipamentos complementares do setor.
Questionadas durante o evento, todas as empresas fabricantes de motores de propulsão disseram que, apesar dos anúncios do mercado brasileiro de que iria construir navios e barcos de apoio no país, não existem condições tributárias e de competitividade para a instalação ou o licenciamento de fábricas de motores de grande potência no Brasil.
Enquanto isso, a empresa MAN, gigante do setor, formalizou no evento sua 12ª licença de fabricação na China, com o grupo Dalian Marine Diesel.
Poucos brasileiros estiveram na feira, representando empresas como a Clever e a Roxtec, e o sentimento geral era o de que o mercado internacional ainda não vê os estímulos necessários do Brasil para atrair mais investimentos ao segmento naval. O engenheiro Marcio Buzzani (foto), diretor da Clever, que tem se destacado na indústria naval e offshore brasileira, foi um dos que ressaltou essa visão do mercado externo:
“Talvez estes sejam os motivos que levam cada vez mais empresas brasileiras a construírem navios, cascos e plataformas no competitivo mercado asiático”.
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