MARINA SILVA DIZ QUE MANTERÁ CONTEÚDO LOCAL E DESCARTA NOVAS USINAS NUCLEARES CASO SEJA ELEITA | Petronotícias




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MARINA SILVA DIZ QUE MANTERÁ CONTEÚDO LOCAL E DESCARTA NOVAS USINAS NUCLEARES CASO SEJA ELEITA

Marina SilvaA candidata à presidência pelo PSB, Marina Silva (foto), fez novas declarações sobre seus planos para a matriz energética brasileira, afirmando que manterá a política de conteúdo local e classificando o pré-sal como uma conquista. Apesar do reconhecimento da importância de um dos principais geradores de riquezas para o Brasil, que são as vastas reservas de petróleo, a candidata demonstrou certo desconhecimento em relação à situação energética do país, ao afirmar que o programa nuclear brasileiro não seria ampliado, mantendo apenas as unidades já “em curso, como Angra 3”.

O país passa por uma séria crise de abastecimento, com uma necessidade iminente de geração termelétrica, e tem no horizonte um crescimento inevitável dessa demanda, o que fará com que as fontes combustíveis tenham um papel maior na matriz nos próximos anos. Caso opte por não incluir no planejamento novas usinas nucleares, que não geram emissões de gases poluentes, ela terá que utilizar outras fontes térmicas, sobrando para isso o gás, o carvão, a biomassa, a madeira e o óleo combustível, todos mais poluentes que a nuclear.

O gás, que atualmente é o indicado para entrar com mais força na matriz, ainda se baseia em projeções incertas, já que a produção no pré-sal ainda não é suficiente para abastecer novas térmicas e a malha de gasodutos do país ainda é bem menor do que deveria. O carvão e o óleo combustível estão na lista dos mais poluentes entre todas as fontes, o que entra em desacordo com as propostas sustentáveis da candidata. A biomassa também está no escopo, mas ainda não é suficiente para atender de forma relevante o crescimento da demanda. Mesmo que queira ampliar muito o uso das renováveis, o que é apoiado pela população, é preciso que ela saiba que são fontes sazonais e não podem ser consideradas “firmes”. Para isso, sem novos grandes reservatórios em hidrelétricas, já que o potencial hidrológico do país se esgotará a partir de 2025, serão necessárias cada vez mais térmicas para garantir a segurança energética do país.

Isso tudo mostra que o programa de Marina ainda não está definido ou então carece de um conhecimento mais profundo sobre o setor energético do Brasil. A candidata também vinha sendo criticada pelo mercado por ter incluído no programa indicações de que revisaria o conteúdo local, mas ela se defendeu dizendo que a política é “uma conquista que favorece as indústrias brasileiras”. O texto de sua campanha diz que existem reclamações sobre as regras de conteúdo local, dando a entender que a política poderia prejudicar em lugar de ajudar o setor que deveria ser beneficiado, concluindo com a intenção de revisar todas as iniciativas de proteção à indústria nacional. Ao ser questionada sobre este ponto, Marina disse que se referia a um aperfeiçoamento da política, em função da curva de aprendizagem.

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