CONFIRMADA PARA 2015 A 13ª RODADA, SEM PREVISÃO DE MUDANÇAS NO CONTEÚDO LOCAL

Por Daniel Fraiha, Paulo Hora e Bruno Viggiano –

O governo deu um sinal que a indústria de petróleo estava ansiosa por receber. Está confirmada a próxima rodada de licitações de blocos exploratórios, marcada para o primeiro semestre de 2015. O secretário de petróleo e gás do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Almeida (foto), que substituiu o ministro Edison Lobão na abertura da Rio Oil & Gas 2014, fez o anúncio oficial na manhã desta segunda-feira (15). O ministro tinha confirmado sua presença na cerimônia, mas não apareceu. Lobão foi citado pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa como um dos que recebiam propinas de um esquema envolvendo contratos da petroleira, mas nega que tenha participado. Na cerimônia, Marco Antônio disse que a presidente Dilma Rousseff foi quem autorizou a nova rodada.

¨Na última edição, falei na abertura que não haveria anúncio de rodadas. Na quarta-feira a presidente me ligou e mandou fazer o anúncio. Então este ano eu me antecipei e perguntei a ela se faríamos algum anúncio. Então está confirmada a 13ª rodada”, disse, sendo aplaudido pelos empresários presentes.

As áreas a serem concedidas na 13ª rodada ainda não foram anunciadas e Marco Antônio se recusou a dar detalhes, afirmando apenas que incluirão blocos em terra e em águas profundas, negando ainda que vá haver mudanças nas exigências de conteúdo local. Ele explicou que as áreas estão sendo estudadas em conjunto com a ANP e com os órgãos ambientais, para avaliar também a questão do licenciamento.

O secretário disse ainda que o governo não acredita que sejam necessárias rodadas de licitações todos os anos, e classificou 2014 como um ano de estudos para o próximo leilão, alegando que o fato de terem sido feitas três rodadas em 2013 dava margem para isso.

Apesar do argumento, as operadoras reclamam da falta de um calendário, solicitando ao governo que crie um cronograma bem definido, para que elas possam se planejar com antecedência. Elas pedem ainda que haja uma revisão das exigências de conteúdo local, o que foi refutado tanto por Marco Antônio quanto pela diretora-geral da ANP, Magda Chambriard.

¨Para as próximas rodadas não discutimos ainda, mas até agora não há nenhuma indicação de que vá ser alterado. Deve continuar da mesma forma.”, disse Magda.