DILMA E AÉCIO BUSCAM APOIO DE MARINA PARA DISPUTA DO SEGUNDO TURNO | Petronotícias




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DILMA E AÉCIO BUSCAM APOIO DE MARINA PARA DISPUTA DO SEGUNDO TURNO

Aecio e DilmaO resultado do primeiro turno das eleições para presidente da República surpreendeu na reta final, com o candidato do PSDB, Aécio Neves, crescendo bastante em relação ao que apontavam as pesquisas e atingindo 33,54%, ante 26% previstos no último balanço do Datafolha antes do início do pleito. A candidata do PT, a atual presidente Dilma Rousseff, liderou a votação do primeiro turno, como já era esperado, mas obteve um percentual um pouco abaixo do indicado nas pesquisas, ficando com 41,59%. A candidata do PSB, Marina Silva, que se consolidou ao posto após a morte trágica de Eduardo Campos, se manteve próxima ao que indicavam as últimas avaliações, com 21,31%, mas muito abaixo do que chegou a conseguir nas semanas seguintes ao acidente fatal que mudou a campanha em todo país. Agora, até o próximo dia de votação, Dilma e Aécio já estão em movimento para tentar conquistar o apoio de Marina.

Aécio fez um pronunciamento homenageando Eduardo Campos e declarou que aceitará o apoio de “todos os que tiverem contribuições a dar”, ressaltando que nutre um enorme respeito por Marina. Seus correligionários no partido também articulam a formação da parceria, mas o candidato afirmou que aguardará a decisão dela.

A presidente Dilma Rousseff, por meio de membros de sua campanha, também começou a trablhar para tentar conseguir o apoio da candidata do PSB.  O presidente do partido dela, Roberto Amaral, foi procurado por membros do PT em busca do apoio, já confirmado pelo Secretário Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.

No entanto, Marina Silva, que ainda não declarou se apoiará algum dos dois, deu sinais de que optará por se manter alinhada como oposição, com mais chances de se aproximar do PSDB. Pouco depois do anúncio dos resultados, ela fez um breve discurso, dizendo:

“Sabemos que o Brasil sinalizou claramente que não concorda com o que aí está. Minha postura, quando não foi feito o registro da Rede, de não me recolher a uma anticandidatura, pode ser uma tendência. Eu assumi um compromisso com a mudança e em apoiar o Eduardo Campos”, disse, dando a entender que dessa vez fará diferente de 2010, quando ela não apoiou nenhum dos candidatos (Dilma e Serra) no segundo turno.

Para o setor de petróleo e gás, o resultado para o segundo turno pode gerar uma polarização maior nos discursos, já que o PT vem sofrendo por diversas acusações de corrupção na Petrobrás, além de receber críticas do mercado sobre a falta de previsibilidade em relação aos leilões de petróleo no país. Já o PSDB vem apostando em propor um calendário e na utilização dos escândalos da estatal como forma de crescer nas pesquisas.

ESTADOS

Nos estados onde há os maiores índices de atividade de petróleo, principalmente na região Sudeste, onde estão as bacias de Campos e de Santos, os resultados foram diversos.

No Rio de Janeiro, passaram para o segundo turno o atual governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB), com 40,57%, e o candidato do PRB, Marcelo Crivella, com 20,26%.

Em São Paulo, o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, foi reeleito no primeiro turno, com  57,31% dos votos, ante 21,53% de Paulo Skaf (PMDB), que ficou em segundo lugar.

No Espírito Santo, o candidato do PMDB, Paulo Hartung, foi eleito também no primeiro turno, com 53,44% dos votos, à frente do atual governador do estado Renato Casagrande (PSB), que teve 39,34% e não conseguiu se reeleger.

Em Pernambuco, onde está sendo finalizada a Refinaria Abreu e Lima, o candidato do PSB, Paulo Câmara, cresceu muito em relação ao início da campanha, conquistando o posto isolado, com 68% dos votos, tendo o segundo colocado,  Armando Monteiro (PTB), ficado com 31%.

No Ceará, onde está prevista uma nova refinaria e onde tem sido realizadas novas descobertas em águas profundas, a disputado foi apertada, com o candidato do PT, Camilo Santana, ficando à frente, com 47,81%, indo para o segundo turno com Eunício Oliveira (PMDB), que teve 46,41%.

No Maranhão, onde também deve ser construída uma nova refinaria de grande porte, o resultado das eleições marcou uma mudança histórica, com a vitória do candidato de oposição Flávio Dino (PC do B), que venceu no primeiro turno com 63,52%, ante 33,69% de Lobão Filho (PMDB). É a primeira vez em décadas que o vencedor no estado não é aliado da família Sarney.

No Rio Grande do Norte, onde a Petrobrás tem muitos poços onshore em produção, o atual presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB) liderou a votação, com 47%, ante 42% de Robinson Faria (PSD). A decisão será no segundo turno.

Na Bahia, o pleito foi vencido pelo candidato do PT, Rui Costa, com 54,53%, à frente de Paulo Souto (DEM), com 37,39%.

No Sergipe, o governador eleito foi Jackson Barreto, do PMDB, com 53,52%, à frente de Eduardo Amorim (PSC), com 41,37%.

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