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TCU IDENTIFICA IRREGULARIDADES NAS OBRAS DO COMPERJ

jose-jorgeO Tribunal de Contas da União (TCU) identificou irregularidades nas estimativas de investimentos para a construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Em auditoria, o órgão concluiu que obras com caráter emergencial, no valor de R$ 7,6 bilhões, foram feitas sem licitação e que outras decisões foram tomadas sem análise adequada.  De acordo com o relator do processo no tribunal, ministro José Jorge (foto), os técnicos responsáveis pela auditoria definiram a gestão da estatal no empreendimento como “temerária”. Ele esclareceu que a crítica se deve, entre outros fatores, à insuficiência de análises técnicas, à grave inobservância de normas, à existência de superfaturamento em contratos e à ausência de controles efetivos.

A proposta do relator de que o tribunal determinasse à Petrobrás a prestação de esclarecimento sobre as irregularidades verificadas nas obras da refinaria não chegou a ser votada porque o ministro Bruno Dantas pediu vistas do processo, o que faz com que o julgamento do relatório fique suspenso até a reapresentação. O primeiro problema identificado é que, hoje, não é possível identificar com precisão quanto a estatal vai gastar com todo o projeto. Segundo o documento, em 2010 o custo estava fixado em US$ 26,7 bilhões. Um levantamento feito em 2013 apontou US$ 30,5 bilhões, mas a área de Estratégia Corporativa da empresa estimou, em 2012, que os investimentos demandados para a conclusão do Comperj seriam da ordem de US$ 47,7 bilhões.

“Segundo a unidade técnica, o grau de discrepância entre esses valores pode estar relacionado à adoção de diferentes premissas, como a não inclusão dos custos com infraestrutura compartilhada. Além disso, outros documentos institucionais examinados também apresentam dados diferentes de investimentos, não havendo em qualquer deles informação convergente acerca do total que se pretende investir no empreendimento ou do total de recursos já comprometido com as obras”, explicou José Jorge.

Outro problema identificado é que a Petrobrás tomou decisões sem o devido suporte em análises estruturadas de risco, que visam apontar eventos que podem atrapalhar a condução de um projeto, como atrasos no cronograma. De acordo com a auditoria, essas análises, no caso do Comperj, passaram a ser realizadas, periodicamente, somente a partir de 2012, oito anos depois de o projeto ter sido integrado à carteira de investimentos da estatal.

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ASSIS PEREIRAPaulo FariaValdir Recent comment authors
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Valdir
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Valdir

E a fabrica de fertilizante em Tres Lagos UFN3
la e outra que esta arrombada

Paulo Faria
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Paulo Faria

Por diversas vezes tentei alertar quanto a situação vivida pelas empresas no sistema “PETROBRAS” quanto as práticas de “EXTORSÃO” que estão levando muitas assim como a minha á um estado de INSOLVÊNCIA, a palavra de ordem dentro do sistema “PETROBRAS” não é “CORRUPÇÃO” é! EXTORSÃO! EXTORSÃO! EXTORSÃO! E os escândalos não param! Eu creio que esteja na hora de ouvir as empresas prejudicadas pelo sistema, o terror que o sistema trata com os pequenos e médios “FORNECEDORES” beira a insanidade, a ditadura, a covardia, quando falo aqui sobre “EXTORSÃO” ao invés de “CORRUPÇÃO” sei bem o que vivi dentro do… Read more »

ASSIS PEREIRA
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GESTÃO TEMERÁRIA DE PR COSTA: No caso da CPI do Carlinhos Cachoeira, a Petrobras em atitude defensiva de caráter corporativo, rescindiu os contratos celebrados com a DELTA no Comperj e pelo que foi publicado na Mídia, não houve mais nenhuma ação da Petrobras e do TCU acerca desses contratos. A retirada da DELTA Engenharia das oras do Comperj,nos Consórcios Itaboraí – URE e Itaboraí – HDT, remete ao seguinte questionamento: quis foram os fundamentos que levaram a participar de certames licitatórios, quais os critérios utilizados no convite ou fora guindada por força estranha aos procedimentos da Companhia. Sua retirada do… Read more »

ASSIS PEREIRA
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No caso da CPI do Carlinhos Cachoeira, a Petrobras em atitude defensiva de caráter corporativo, rescindiu os contratos celebrados com a DELTA no Comperj e pelo que foi publicado na Mídia, não houve mais nenhuma ação da Petrobras e do TCU acerca desses contratos. A retirada da DELTA Engenharia das oras do Comperj,nos Consórcios Itaboraí – URE e Itaboraí – HDT, remete ao seguinte questionamento: quis foram os fundamentos que levaram a participar de certames licitatórios, quais os critérios utilizados no convite ou fora guindada por força estranha aos procedimentos da Companhia. Sua retirada do Comperj deveu-se apenas a improdutividade… Read more »

ASSIS PEREIRA
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INEFICIÊNCIA NO COMPERJ O que vai bem no Pre-sal que surpreende o Diretor Figueiredo (DIRETOR QUE FURA POÇOS NA PETROBRAS) não pode ser constatado no Mega Empreendimento do Comperj. Devem ser investigados a fundo os motivos da inaplicabilidade do Conteúdo local no Comperj, assim como da ineficiência na obtenção de incentivos tributários concedido pelo Estado do Rio para aquela imensa obra. A Presidente Graça Foster juntamente com seu Diretor Figueiredo deve certificar in loco, junto ao Gerente Geral daquela obra, Engº Flávio Fernando Casa Nova da Mota as razões do não cumprimento do Conteúdo Local assim como das mazelas que… Read more »