PAULO ROBERTO AFIRMA QUE PAGOU PROPINA AO EX-PRESIDENTE DO PSDB PARA ESVAZIAR CPI DA PETROBRÁS EM 2009 | Petronotícias




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PAULO ROBERTO AFIRMA QUE PAGOU PROPINA AO EX-PRESIDENTE DO PSDB PARA ESVAZIAR CPI DA PETROBRÁS EM 2009

Sergio-GuerraNovas informações reveladas pelo ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa estão vindo à tona, e agora incluem também o PSDB, que até então não havia sido citado entre os acusados de receber propina do esquema. Em um dos depoimentos ao Ministério Público, Costa afirmou que o ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra, falecido em março deste ano, recebeu dinheiro para esvaziar a CPI da Petrobrás de 2009.

Na época, a CPI foi criada a partir de um requerimento do próprio PSDB, fruto de um pedido do senador Álvaro Dias, para que fossem investigados desvios na construção da refinaria de Abreu e Lima, entre outras irregularidades.

Segundo o ex-diretor da estatal, ele teria sido procurado pelo próprio Guerra, que cobrou R$ 10 milhões para encerrar a CPI. Costa afirmou ainda que o dinheiro foi pago, após o fim da comissão, que não gerou punições, e que o dinheiro seria usado para a campanha de 2010.

De acordo com Costa, o dinheiro foi pago pela Construtora Queiroz Galvão, citada no caso de superfaturamento e desvios da Abreu e Lima. A obra, que foi iniciada em 2008, ainda não concluída, foi apontada como superfaturada pelo Tribunal de Contas da União.

A denúncia surge depois do vazamento de partes do depoimento do ex-diretor que apontavam três partidos como os principais beneficiados pelo esquema. Segundo Paulo Roberto, o PT controlava três diretorias da Petrobrás (serviços, E&P e gás e energia), enquanto o PP controlava a de abastecimento, liderada por ele próprio, e o PMDB era responsável por indicar o comandante da área internacional. Na denúncia, Costa afirmou que 3% de todos os contratos eram repassados aos partidos e divididos entre os parlamentares e os operadores de cada diretoria – no caso de abastecimento, eram ele e o doleiro Alberto Youssef.

Na época da denúncia, os três partidos negaram a participação no esquema. O PSDB, que passou a ser citado agora, afirmou defender “que todas as denúncias sejam investigadas com o mesmo rigor, independente da filiação partidária dos envolvidos e dos cargos que ocupam”. A Queiroz Galvão negou ter pagado propina e disse que só repassa dinheiro a políticos por meio de doações “rigorosamente dentro da lei”. O senador Álvaro Dias disse que a oposição fez um relatório com 18 representações ao procurador-geral da República sobre irregularidades na Petrobrás, ainda naquele ano, e afirma ter cobrado a instauração dos inquéritos por anos seguidos.

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