PREÇO DE ENERGIA ATINGE TETO PERMITIDO
Com a redução da estimativa de chuvas para outubro, preço de energia de curto prazo subiu para R$ 822,83, patamar mais alto permitido para o ano. Segundo o ONS, o nível dos reservatórios no subsistema Sudeste/Centro Oeste poderá chegar ao final do mês a 19%, o que seria o pior nível mensal já verificado pelo menos desde 2000. O nível atual de 22,09% na região já é o mais baixo desde 2001, ano do racionamento.
A expectativa dos metereologistas era que voltasse a chover nas duas últimas semanas de outubro no Sudeste/Centro-Oeste, intensificando-se com o início do período úmido em novembro. Segundo o Informe do Programa Mensal de Operação (PMO) do ONS, as chuvas previstas em outubro para o subsistema, que concentra os principais reservatórios de hidrelétricas do país, deverão chegar a 67% da média histórica para o período.
No Norte, as chuvas que chegarão às hidrelétricas em outubro serão equivalentes a 67% da média, enquanto no Nordeste a apenas 38%. Somente o Sul continuará com chuvas acima da média, a 147%. O ONS ainda elevou a estimativa de aumento de consumo de carga de energia no país em outubro para alta de 2,4% ante igual período de 2013. Anteriormente, o operador estimava alta de 1,3% no consumo neste mês. Altas temperaturas elevam o uso de equipamentos de refrigeração e, como consequência, o consumo de energia.
A piora das perspectivas levou ao aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) ao nível máximo permitido para o ano, em todos os patamares de carga e regiões, o que não acontecia desde maio deste ano. Os preços, divulgados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), são válidos de para a semana de 18 a 24 de outubro, para a qual está estimada a geração térmica de 17.363 MW médios, patamar praticamente inalterado em relação ao previsto para a semana atual.
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