CENTRO DE EXCELÊNCIA VAI ELEGER NOVO PRESIDENTE E LANÇA LIVRO QUE PODE SER A BÍBLIA DOS CONTRATOS EM EPC

O Centro de Excelência em EPC vai eleger um novo presidente nesta quarta-feira (19) para substituir Renata Baruzzi, que vai cumprir dois anos de mandato no início de 2015. Baruzzi, que acumula a responsabilidade com a gerência executiva da diretoria de engenharia da Petrobrás, fez importantes avanços em sua gestão e deixa um legado de boas realizações em seu mandato. Além de aproximar ainda mais o Centro de Excelência com o CII – Construction Industry Institute -, Baruzzi aproveita o dia de hoje para lançar um livro que poderá se tornar a Bíblia de modelo de contratos Epecistas. Um trabalho realizado em conjunto pelas empresas associadas que detalha todos os riscos de uma operação nas grandes obras de engenharia.

Como foi a sua experiência à frente do Centro de Excelência?

Pessoalmente foi muito enriquecedor. Acho que de alguma forma pude ajudar a aumentar a consciência da necessidade de melhorarmos a produtividade da nossa indústria. Agora chegou a vez de outras pessoas contribuírem. Essa renovação é extremamente saudável, pois com ela chegam novas ideias e perspectivas. Tenho certeza que o trabalho continuará. É um grupo selecionado e muito competente.

O livro parece ter sido uma importante contribuição em sua gestão…

A missão do Centro de Excelência é promover um mercado mais competitivo, eficiente para os associados, disseminando as boas práticas e os bons procedimentos nas obras de engenharia. Mas para que isso ocorra, o início de tudo é a elaboração de um contrato justo, que dê segurança para as partes envolvidas. Quem contrata quer eficiência. Quem é contratado precisa ter as condições necessárias para prestar um bom serviço. Este livro foi o resultado de um trabalho conjunto dos nossos associados, que começou na gestão anterior, que demandou muitas horas de discussões, compartilhamento de experiências, e aqui gostaria de destacar a contribuição especial da Statoil, num trabalho jurídico muito bem elaborado pelo Dr. Marcello Oliveira, da Fisher, Oliveira, Bandeira&Santana Advogados. Importante também lembrar do trabalho do engenheiro Eduardo Magalhães, da Deloitte Consulting, vital na construção da metodologia de trabalho e em seu desenvolvimento. Este é o verdadeiro espírito do Centro de Excelência em EPC: o compartilhamento de experiências para o bem comum.

Como está a relação com o CII?

O acordo foi estabelecido ainda na gestão do nosso vice-presidente Antônio Müller, há pouco mais de dois anos. Demos prosseguimento e estabelecemos um estreitamento ainda maior na relação entre as duas entidades. Realizamos algumas atividades em conjunto que resultaram em boas respostas. Neste particular, a atenção e o empenho do nosso diretor operacional, Danilo Gonçalves, foi fundamental. Foram treinamentos e cursos para o setor de EPC brasileiro em gestão de projetos de investimentos, comissionamento, análise e percepção de risco em empreendimentos do setor de óleo e gás, entre outros.

Quais os desafios que o próximo presidente terá no próximo mandato?

Em primeiro lugar quero dizer que vejo este trabalho fundamental para a melhoria das práticas de crescimento da eficiência nas obras de engenharia no Brasil. Não apenas no setor de óleo e gás, mas em outras atividades da economia. No segmento de mineração, energia, etc. Todas as empresas que operam na construção da infraestrutura  nacional deveriam prestar atenção nisso e nos ajudar a encontrar novas e boas práticas, além de consolidar aquelas que já desenvolvemos. É importante reconhecer também a participação das empresas como a Petrobrás, a Shell, a Tridimensional, a Statoil, a Promon, a Toyo-Setal, a EBSE, a Odebrecht e das entidades como a ONIP, o IBP e as Universidades Federal Fluminense e Universidade Federal do Rio de Janeiro. Eu desejo que o novo presidente do CE-EPC seja ainda melhor do que eu e o Müller. Esta precisa ser a tendência de todo trabalho que busca o desenvolvimento. É assim que deve ser.