CONTAS DE EXECUTIVOS PRESOS SÃO ENCONTRADAS QUASE VAZIAS PELA JUSTIÇA
A Justiça esperava bloquear até R$ 20 milhões por cada executivo preso pela sétima etapa da Operação Lava Jato, mas passou longe disso. Nos primeiros levantamentos realizados, em contas nos bancos Itaú e Caixa Geral do Brasil, a maior parte delas estava vazia. Somando as contas de quatro dos acusados, o presidente da Iesa, Valdir Lima Carreiro, o lobista Fernando Soares, o executivo Walmir Pinheiro Santana, da UTC, e o ex-presidente da Queiroz Galvão, Ildefonso Colares Filho, tudo o que foi bloqueado não dava nem para um lanche: R$ 4,60 (valor todo na conta de Colares Filho).
A única conta que apresentou um valor alto, acima de R$ 1 milhão, foi a do vice-presidente da Engevix, Gerson Almada. Os outros valores encontrados foram: Erton Medeiros (R$ 4 mil), sócio da Galvão Engenharia, Agenor Franklin Medeiros (R$ 6 mil), diretor internacional da OAS, Sergio Cunha Mendes (R$ 33 mil), vice-presidente da Mendes Junior.
Os levantamentos nas contas do presidente do conselho da Camargo Corrêa, João Ricardo Auler, do presidente da empresa, Dalton dos Santos Avancini, e do presidente da OAS, José Aldemário Filho, também não apontaram saldos no Banco Caixa Geral do Brasil.
Ao todo, foram 16 executivos incluídos na lista das quebras de sigilo bancário aprovada pelo juiz Sergio Moro (foto), que lidera as decisões sobre o caso, e os levantamentos devem ser estendidos a outros bancos. O Ministério Público também já solicitou às autoridades suíças que sejam feitos bloqueios em contas investigadas no exterior.
Além disso, os executivos que foram liberados após o fim do prazo das prisões temporárias começaram a entregar seus passaportes à Justiça Federal. Entre eles, já entregaram os documentos Othon Zanoide Filho, Ildefonso Colares Filho, Ednaldo Alves da Silva, Valdir Lima Carreiro, Walmir Pinheiro Santana, Newton Prado Junior, Otto Sparenberg, Alexandre Portela Barbosa, Jayme de Oliveira Filho e Carlos Alberto da Costa e Silva.
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