PARLAMENTARES CRITICAM CONVITE À MAGDA E FAZEM REQUERIMENTO PARA CONVOCAR LULA E DILMA
A ida da diretora-geral da ANP, Magda Chambriard (foto), à CPI do Congresso Nacional não agradou aos parlamentares. Apesar de ter sido convidada para falar sobre quesitos de segurança nas plataformas e de suspeitas de que algumas unidades teriam sido lançadas ao mar “faltando uma série de componentes primordiais”, como afirmava o requerimento para que ela comparecesse, sua apresentação não satisfez os presentes. Não por falta de informações prestadas por Magda, mas porque os deputados de oposição viram a sua ida ao parlamento como uma “manobra” do governo para que a CPI não avance nas apurações até o fim do ano, quando a comissão deverá ser encerrada.
As críticas dos deputados de oposição foram além do discurso e eles protocolaram requerimentos para que o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff sejam convocados a dar esclarecimentos na CPI. Os parlamentares também citaram a presidente da Petrobrás, Graça Foster, que foi acusada pelo deputado Onyx Lorenzoni de ter mentido à CPI em junho, quando disse que a Petrobrás não tinha descoberto indícios de pagamentos indevidos a seus funcionários no caso SBM. A queixa do deputado faz menção à recente declaração da própria Graça, que disse ter sido informada, em 23 de maio, pelo presidente da SBM sobre a confirmação de que houvera pagamentos a “empregado ou ex-empregado da Petrobrás”. Os novos requerimentos relativos a Lula, Dilma e Graça ainda não foram votados.
Os parlamentares questionaram Magda sobre os altos valores dos contratos das obras da Refinaria Abreu e Lima, tentando conseguir algum comentário dela sobre as denúncias de corrupção, mas ela explicou que isso não era uma função da ANP.
“Não acompanhei de perto e não é atribuição da ANP”, afirmou, explicando que, quando uma empresa se habilita a construir uma refinaria ou distribuidora, a ANP não entra no mérito de avaliar se o projeto é caro ou barato, mas olha questões técnicas para garantir que o empreendimento vai operar com qualidade e eficiência.
Além disso, a diretora citou acidentes graves ocorridos no país e que serviram de aprendizado para as companhias e entidades fiscalizadoras, como o afundamento da plataforma P-36, em 2001, e o adernamento da P-34, no ano seguinte. Segundo Magda, de 2010 a outubro deste ano, 25 estações marítimas de produção tiveram atividades paralisadas preventivamente.
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