PAULO ROBERTO SE DIZ ARREPENDIDO E REAFIRMA TEOR DE DEPOIMENTOS | Petronotícias




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PAULO ROBERTO SE DIZ ARREPENDIDO E REAFIRMA TEOR DE DEPOIMENTOS

Paulo Roberto 2O ex-diretor de abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa (foto) chegou ao Congresso Nacional com a mesma postura da última vez. No primeiro momento, disse logo que se manteria calado, sem fazer revelações. No entanto, após acusações e provocações dos deputados, pediu a palavra e fez um desabafo, explicando a razão de ter assinado o acordo de delação premiada, dizendo-se arrependido de ter aceitado a indicação política para assumir a diretoria e todas suas consequências, além de se afirmar ter se sentido “enojado” com tudo que viu. O breve discurso, feito de forma emocionada, pegou os deputados de surpresa.

“Infelizmente aceitei uma indicação política para assumir a diretoria de abastecimento. Esse cargo me deixou onde estou hoje. Estou arrependido e quisera eu não ter feito isso”, afirmou, explicando a decisão de fazer a delação: “Isso tudo para tornar minha alma um pouco mais pura, um pouco mais confortável, para mim e para minha família. Para contar tudo que acontecia na Petrobrás, mas não só na Petrobrás. No Brasil inteiro. Nas ferrovias, nas rodovias, nos aeroportos, no Brasil inteiro”, disse.

O ex-diretor deu sequência ao desabafo, que em poucos segundos deixou os deputados, cujos ânimos antes começavam a se exaltar, quietos.

“Em 2012, entreguei minha carta de demissão, porque não aguentava mais a pressão em cima de mim para resolver problemas que não eram da minha área. Saí, abri uma consultoria, e deu no que deu. Hoje estou aqui, amargamente arrependido. Tudo que falei lá (nos depoimentos), eu confirmo. Não posso falar aqui, porque foi um acordo sigiloso, mas a delação é muito séria. Foram mais de 80 depoimentos e eu confirmo todos. Não tem nada que eu não posso confirmar. Falei de fatos, de dados e de pessoas. Não é de conhecimento público, não nesse momento. Um dia virá (à público), mas não sei quando”, afirmou.

Ele explicou ainda que sua decisão de aceitar a delação não veio por orientação de advogado ou qualquer outra pessoa de fora de seu círculo pessoal, mas apenas de sua própria família, incluindo sua esposa, suas filhas e genros.

“Eles falaram: Paulo, por que só você? Vai pagar sozinho? Fiz a delação para dar um sossego à minha alma e por respeito e por amor à minha família”, complementou.

Em sequência, Costa afirmou que o passo seguinte no processo de delação foi a apresentação de provas. “Várias foram apresentadas e algumas, que não foram apresentadas, eu apontei quem poderia apresentar”, informou.

Após esse pronunciamento, Paulo Roberto voltou a dizer que ficaria calado e os deputados questionaram o ex-diretor internacional Nestor Cerveró, perguntando se, afinal, ele recebeu propina ou não.

“Ratifico o que disse em setembro, que não recebi”, disse, reafirmando que desconhecia qualquer esquema.

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