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ABDAN REÚNE EMPRESAS EM CONFRATERNIZAÇÃO, MAS CRESCIMENTO DA INDÚSTRIA É TEMA PRINCIPAL

Muller 2As empresas que fizeram e fazem parte da construção das usinas nucleares brasileiras vão se reunir nesta quinta-feira (4), em um tradicional almoço promovido pela Associação Brasileira para o Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN), junto aos seus associados, no Centro do Rio de Janeiro. Aproveitando o encontro de confraternização, o presidente da ABDAN, Antonio Müller (foto), vai ressaltar a importância da retomada do programa nuclear brasileiro, encerrando o ano com a certeza de que o Brasil não terá outra alternativa a não ser colocar a opção nuclear como prioridade no planejamento energético do País.

Com o crescimento econômico projetado para os próximos anos e a falta de alternativas de geração firme de energia, a fonte nuclear já é vista há tempos pelo setor como uma das principais para o futuro nacional.

O potencial hidrelétrico brasileiro estará esgotado entre 2025 e 2030, o que deixa as usinas térmicas como única alternativa de garantia de segurança energética para a matriz. As fontes renováveis vão ganhar espaço, mas como são sazonais, dependendo de fatores externos, não podem ser computadas como firmes. Em função disso, a nuclear deverá ganhar bastante espaço no programa de expansão da geração de energia no Brasil. Para se ter uma ideia, um estudo da FGV aponta que até 2050 o País precisará de pelo menos 18 novas usinas nucleares.

A tendência não é apenas brasileira. Ao redor do mundo, mais de 70 usinas nucleares estão em construção atualmente, e alguns países que tomaram decisões contra a fonte já começam a rever suas posições. O Japão, por exemplo, voltou a aprovar a retomada de operação de novas usinas há poucas semanas, e a Europa começa a liberar novos projetos, como foi o caso do Reino Unido há pouco tempo.

A Alemanha, que anunciou há três anos o plano de fechar suas usinas, vem sofrendo com os altos preços da energia e já vê isso se refletir fortemente em sua economia e na dos países ao seu redor. Apenas entre o ano de 2007 e este ano, foram fechadas 11 fábricas de alumínio na Europa, em função do encarecimento da energia.

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