APÓS REVELAÇÕES DE EX-GERENTE DA PETROBRÁS, OPOSIÇÃO QUER DEMISSÃO DE GRAÇA FOSTER E DA DIRETORIA
A coisa deve piorar antes de melhorar. Depois do impacto inicial com as revelações feitas pela ex-gerente executiva da Petrobrás Venina Velosa da Fonseca, a oposição já pede a demissão da presidente Graça Foster e de toda a diretoria da estatal. Líderes do PSDB, do PPS e do DEM cobraram a saída da executiva e de seus companheiros do comando da companhia.
De acordo com reportagem do jornal Valor Econômico, a ex-funcionária da Petrobrás Venina Velosa da Fonseca, que atuou como gerente executiva de abastecimento quando o ex-diretor Paulo Roberto Costa ainda comandava a área, enviou uma série de e-mails para a atual presidente Graça Foster (foto) e para o atual diretor José Carlos Cosenza, desde 2009, ano em que Graça ainda ocupava a diretoria de Gás e Energia. Nas mensagens, Venina contava sobre diversas irregularidades encontradas por ela em contratos da área de abastecimento.
O líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy, afirmou que a presidente da Petrobrás não tem mais credibilidade para se manter no comando da empresa, ressaltando que ela perdeu “completamente as condições éticas e morais” para isso. Além disso, disse que ela entrou de um tamanho e saiu menor, “porque foi omissa”.
Os relatos de Venina ao jornal apontam que ela procurou Graça para contar sobre os problemas em outubro de 2011, quando enviou um email reclamando de desmandos na estatal:
“Do imenso orgulho que eu tinha pela minha empresa, passei a sentir vergonha. Diretores passam a se intitular e agir como deuses e a tratar pessoas como animais. O que aconteceu dentro da Abast na área de comunicação e obras foi um verdadeiro absurdo”, afirmou ela na mensagem, reproduzida pelo jornal.
O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno, também pediu a saída de Graça Foster e dos demais diretores, afirmando que isto seria “o mínimo a se fazer”, dizendo ainda que não era uma surpresa que a presidente da estatal soubesse dos casos, já que pelos depoimentos do ex-diretor Paulo Roberto Costa “isso tinha ficado claro”.
Em um dos depoimentos dados pelo ex-diretor à Justiça do Paraná, ele afirmou que o esquema de desvios incluíra também a diretoria de gás e energia em anos em que Graça Foster comandava a área, mas ele não citou o nome dela. Além disso, até o momento as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público não apontaram o nome de Graça nenhuma vez.
Outro líder da oposição que se pronunciou pela saída de Graça da presidência da Petrobrás foi Mendonça Filho, do DEM, afirmando que a demissão seria a “resposta mínima” para esse momento, independentemente de ter havido relação direta com os atos praticados. “No mínimo, houve negligência”, disse.
E o pior é que essa Vanine que fez a denúncia foi ameaçada de morte com a arma apontada pra cabeça.
Dilma e Lula podem estar por trás dessa ameaça.
Só corrigindo, a “ex-gerente” não é “ex” não, ela ainda é funcionária própria.