GRAÇA DIZ QUE CONTINUARÁ NO CARGO ENQUANTO TIVER CONFIANÇA DE DILMA | Petronotícias




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GRAÇA DIZ QUE CONTINUARÁ NO CARGO ENQUANTO TIVER CONFIANÇA DE DILMA

Graça Foster e Dilma RousseffA presidente da Petrobrás, Graça Foster, já colocou o cargo à disposição da presidente Dilma Rousseff mais de uma vez nos últimos dias. Foram “duas ou três” conversas, segundo a própria Graça, que pretende ficar no posto apenas enquanto tiver a confiança de Dilma e enquanto a presidente entender que isso seja o melhor para a Petrobrás. Em meio às inúmeras notícias negativas rodeando a estatal, a que atingiu mais forte Graça foi a informação de que a ex-gerente Venina Velosa Fonseca havia alertado ela sobre irregularidades na área de abastecimento desde 2009, em notícia publicada pelo jornal Valor Econômico. No entanto, apesar do impacto disso, a presidente da estatal disse que Venina estava ressentida por uma briga com o então diretor da área Paulo Roberto Costa, e que o procurou dizendo que ele e ela precisavam conversar.

“Recebi e-mails de 2009 da Venina, no momento em que ela teve uma briga com Paulo Roberto Costa, não sei por quê. O assunto era a comunicação. Eu falei para o Paulo que eles deveriam conversar. Depois, em 2011, veio um novo e-mail. Ela fala em esquartejamento de projeto. Não sei o que é. Licitação ineficiente. Também não sei. Quando ela diz ‘tarde demais’ e ‘você sabe’, eu só sabia do que ia para a reunião de diretoria, que era um ‘quebra-pau’ danado sobre projetos. Eu não tenho como saber a outra parte”, disse, complementando que essa “outra parte” ela só viria a saber a partir das delações e da comissão interna de investigação, fruto da deflagração da Operação Lava Jato.

Graça também falou sobre o atraso do balanço, que foi novamente adiado na última sexta-feira (12). A presidente da companhia não deu uma nova previsão para a publicação das demonstrações financeiras do terceiro trimestre e disse que não existe segurança sobre os números e os valores de avaliação dos ativos da estatal no momento, já que muitas novas informações estão surgindo com a Operação Lava Jato. Segundo ela, pode ser que nem em janeiro saia.

Um dos fatores que deve influenciar os próximos números a serem divulgados é a delação premiada do ex-gerente executivo da área de serviços Pedro Barusco, que já se comprometeu a devolver US$ 97 milhões desviados de contratos da Petrobrás para contas no exterior.

“Consideramos prudente não divulgar o balanço, pois há um conjunto de informações que ainda não foram prestadas. Há uma expectativa de que o depoimento de Barusco também venha e novas informações podem vir”, disse, ressaltando que não há um prazo para que todas as informações referentes às investigações sejam coletadas, já que isso poderia demorar “180, 365 ou até 700 dias”.

EMPRESAS ESTRANGEIRAS

A presidente da Petrobrás destacou a importância de o governo tomar uma decisão em relação às empreiteiras envolvidas nas denúncias, porque essa situação pode comprometer os cronogramas da estatal, já que a companhia depende delas para a construção de suas plataformas, sondas e embarcações.

“É urgente que o governo se posicione para resolver os impactos da operação lava jato no que se refere às empresas. Nós precisamos delas ou de licitações internacionais para que possamos atingir a curva de produção. Uma vez evidenciada uma série de fraudes e corrupção, não podemos contratá-las, e essa é a grande ameaça à curva de produção. Sem isso, vamos ter de fazer licitação internacional toda hora”, disse.

Graça ressaltou ainda a importância do aprofundamento das investigações e reiterou que não tem nada a esconder, dizendo que todos precisam ser investigados, inclusive ela e a diretoria.

“Eu preciso ser investigada, os diretores, nós precisamos ser investigados. E para isso precisamos das auditorias internas”, disse, reafirmando que ela e a diretoria deverão ficar nos cargos enquanto houver confiança de Dilma e for conveniente para a publicação do balanço.

Questionada se sabia de irregularidades na gestão do abastecimento realizadas por Paulo Roberto Costa, Graça negou que soubesse de algo errado, mas reconheceu que se sentia desconfortável.

“Sabia o que me incomodava. São estilos de gestão diferentes. Não me metia no que estava sendo feito. Estamos diante de vocês por que não temos receio da verdade. Estamos absolutamente confortáveis”, disse.

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Fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2014/12/graca-foster-diz-que-vai-permanecer-no-cargo-enquanto-dilma-quiser.html Sobre as mensagens enviadas pela ex-gerente Venina da Fonseca, Graça Foster reafirmou que as denúncias feitas antes de 2014 nunca foram claras. “Ela fala ‘esquartejamento de projeto’, eu não sei o que é esquartejamento de projeto. Eu não sei o que é licitação ineficiente. Se ela não sabia o que é “esquartejamento de projeto” e nem o que é “licitação ineficiente”, não deveria ser presidente de uma das maiores estatais do Brasil. Acreditando que ela seja uma das muitas incomPeTentes dirigentes, ela bem que poderia consultar o dicionário para saber o significado das palavras “esquartejamento” e “ineficiente” tomando… Read more »