PETROBRÁS FRUSTRA EXPECTATIVAS E DIVULGA BALANÇO DO 3º TRIMESTRE SEM PERDAS POR CORRUPÇÃO | Petronotícias




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PETROBRÁS FRUSTRA EXPECTATIVAS E DIVULGA BALANÇO DO 3º TRIMESTRE SEM PERDAS POR CORRUPÇÃO

?????????????O mercado acreditava que o balanço financeiro não auditado referente ao terceiro trimestre de 2014 da Petrobrás viria com algo em torno de R$ 10 bilhões em baixas contábeis relativas aos casos de corrupção investigados pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Ledo engano. A Petrobrás divulgou na madrugada desta quarta-feira (28) seu balanço sem perdas por corrupção. A companhia afirmou, em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que não conseguiu determinar um critério para calcular o pagamento de propina. A reação na Bolsa de Valores foi dura. Os papeis caíram mais de 11 % durante as operações da manhã desta quarta-feira( 28).

A companhia decidiu por recorrer à Securities and Exchange Comission (SEC, órgão regulador do mercado de capitais americano) sobre qual a melhor metodologia para fazer a baixa contábil dos desvios. A maior dificuldade encontrada para o cálculo dessas perdas por atos ilícitos foi diferenciar de outros fatores que também reduziram o valor de ativos, como ineficiência dos projetos, atrasos por chuvas e outros problemas.

Os números apresentados pela empresa, mesmo sem as perdas aguardadas contabilizadas, não foram satisfatórios. De acordo com o relatório, a companhia teve lucro líquido de R$ 3,087 bilhões no terceiro trimestre do ano passado, uma queda de 38% em relação ao trimestre anterior de 2014. Em uma época de recordes mensalmente quebrados pela companhia, o lucro líquido registrado foi um resultado do qual a estatal não deve ser orgulhar. Segundo a própria Petrobrás, esse foi o menor lucro operacional da petroleira.

No acumulado de janeiro a setembro, o lucro foi de R$ 13,44 bilhões, uma queda de 22% frente ao mesmo período do ano passado. Os custos operacionais com “a descontinuidade” dos projetos das refinarias Premium I e Premium II foram apontados pela companhia como um dos principais responsáveis pelo resultado ruim.

“A companhia entende que será necessário realizar ajustes nas demonstrações contábeis para a correção dos valores dos ativos imobilizados que foram impactados por valores relacionados aos atos ilícitos perpetrados por empresas fornecedoras, agentes políticos, funcionários da Petrobrás e outras pessoas no âmbito da Operação Lava-Jato”, afirmou em nota a Petrobrás.

Inicialmente programado para ser divulgado em 14 de novembro, o balanço financeiro da Petrobrás teve sua publicação adiada duas vezes. Na data inicial, a PricewaterhouseCopers (PwC), auditoria externa contratada, se recusou a aprovar os resultados financeiros. Foi então definidio o dia 12 de dezembro para publicação, mas foi novamente postergado para fins de janeiro sob o argumento de que seria difícil calcular os valores pagos em corrupção para dar a baixa contábil em seus ativos.

A divulgação do relatório, mesmo sem o aval da PwC, faz com que a Petrobrás evite o vencimento antecipado de sua dívida por parte dos credores, o que a colocaria em “calote técnico”.

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