JUSTIÇA DO RIO QUEBRA SIGILO BANCÁRIO DE GABRIELLI, DUQUE E BARUSCO
O ex-presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli, o ex-diretor Rento Duque , e o ex-gerente executivo, Pedro Barusco, tiveram seus sigilos bancários quebrados or determinação da justiça do Rio de Janeiro, a pedido do Ministério Publico Estadual. Também foram atingidos pela medida outros cinco executivos da estatal e a Construtora Andrade Gutierrez, que também se tornou alvo de um novo inquérito da Polícia Federal no âmbito da Operação Lava-Jato. A decisão foi da juíza Roseli Nalin, da 5ª Vara de Fazenda Pública do Rio. Ela também determinou o arresto dos bens dos acusados.
Todos são acusados na ação civil pública de improbidade administrativa proposta em dezembro do ano passado pela promotora Gláucia Santana, que investiga indícios de superfaturamento das obras de ampliação e modernização do Centro de Pesquisas (Cenpes) e no Centro Integrado de Processamento de Dados (CIPD) da Petrobrás, que ficam no Rio.
O período estipulado para a quebra do sigilo refere-se ao mandato em que Gabrielli dirigiu a Petrobrás e foi considerado como o gestor mais importante. Ele encabeça a lista de acusados porque, para o Ministério Público, ele “participou da decisão de contratação das obras do Cenpes sem que os projetos estivessem devidamente preparados e acabados”. Na denúncia, Renato Duque, que tinha Pedro Barusco como braço direito, são acusados de irregularidades em quatro contratos para as obras, apontadas em documentos do Tribunal de Contas da União (TCU), que teriam provocado superfaturamento de R$ 34,5 milhões.
A Andrade Gutierrez informou que não pode comentar a decisão porque não foi notificada. Sobre a denúncia do Ministério Público do Rio, a empresa disse em nota que “que os contratos dos projetos realizados no Cenpes foram executados dentro do estabelecido nas diretrizes contratuais da Petrobras. A empresa esclarece ainda que as obras foram adequadamente concluídas e entregues.” Sobre o envolvimento da construtora na Operação Lava Jato, a Andrade Gutierrez diz que “não tem ou teve qualquer relação com os fatos hoje investigados e que todos os contratos com a Petrobrás foram realizados dentro dos processos legais de contratação”.
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