POLÍCIA FEDERAL VAI INVESTIGAR EXPLOSÃO NO FPSO CIDADE DE SÃO MATEUS
Como se já não tivesse investigações suficientes sobre suas condutas, a Petrobrás será alvo de mais um inquérito da Polícia Federal, agora em função da explosão ocorrida no FPSO Cidade de São Mateus, no Espírito Santo, que deixou pelo menos cinco mortos, com quatro pessoas ainda desaparecidas.
Nesta sexta-feira (13), uma equipe vai fazer um sobrevoo no entorno da plataforma, para avaliar a situação e definir por onde começarão os trabalhos, mas já há duas linhas de investigação definidas pelos agentes: homicídio culposo e incêndio qualificado – por ter ocorrido em embarcação.
A Polícia Federal estipulou 30 dias como prazo inicial para a conclusão do inquérito, mas o órgão não pretende fazer novas declarações, “para não atrapalhar o rumo das investigações”.
A ANP divulgou um comunicado afirmando que a responsável pelas consequências do acidente é a Petrobrás, por ser a concessionário do bloco onde a plataforma atua – nos campos de Camarupim e Camarupim Norte –, apesar de o FPSO pertencer à BW Offshore, que também o opera.
A BW Offshore informou no início da tarde desta sexta que confirmou a retirada dos corpos das cinco vítimas da unidade e disse ter enviado uma equipe de especialistas “para avaliar se as condições são seguras para permitir as buscas e a continuidade dos esforços de resgate”.
Até agora, não há indícios dos quatro desaparecidos. Do total de 26 feridos, 19 já foram liberados depois de atendidos nos hospitais locais.
A empresa dona do FPSO afirmou ainda que o casco do navio ficou intacto, a produção foi interrompida e a plataforma, desligada.
Face ao que vem ocorrendo na Petrobras na atualidade, a PF tem que aprofundar as investigações, principalmente no fato dos 4 desaparecidos. Considerando um local confinado e de reduzidas dimensões, fica complicado aceitar os desaparecimento de quatro prestadores de serviços. Há que ser verificado se a relação do presentes embarcados na Plataforma ou FPSO era consistente, ou enseja qualquer tipo de não conformidade na condução do negócio.