MINISTÉRIO PÚBLICO DENUNCIA FERNANDO BAIANO E CERVERÓ MAIS UMA VEZ
O Ministério Público Federal do Paraná denunciou mais uma vez à Justiça Federal o ex-diretor internacional da Petrobrás, Nestor Cerveró, e o lobista Fernando Soares, também chamado de “Fernando Baiano”. A acusação da vez é por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha e passará pelo crivo do juiz federal Sérgio Moro, que pode aceitar ou não a denúncia. Os dois estão presos por conta de envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava-Jato.
Fernando Baiano foi denunciado por operar as cotas do PMDB no esquema e realizar a ligação entre o partido político e a empreiteira Andrade Gutierrez, que negam as acusações, com origem em depoimentos do doleiro Alberto Youssef. Ainda segundo a denúncia do Ministério Público, Nestor Cerveró recebeu pagamento de propina e a enviou para o exterior por empresas sediadas na Suíça e no Uruguai. Depois disso, Cerveró conseguiu repatriar ao país o dinheiro para comprar uma cobertura de luxo em Ipanema, no Rio de Janeiro. O imóvel foi comprado por meio da offshore Jolmey do Brasil, filial da offshore de mesmo nome do Uruguai, e que, segundo os procuradores, era uma propriedade de ex-diretor, apesar de ter sido registrada em nome de terceiros.
O mentor intelectual da operação teria sido Oscar Algorta, que realizou a compra do imóvel em nome da offshore uruguaia e é acusado de ter lavado dinheiro na operação. A cobertura foi arrematada por um valor de R$ 1,532 milhão e foi alugada para Cerveró por R$ 3.650, um valor abaixo do mercado, segundo os procuradores, que também pediram o confisco do apartamento e o pagamento de R$ 7,5 milhões por reparação aos danos causados.
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