PROCURADORES DA LAVA-JATO QUEREM IMPEDIR QUE ACORDOS DE LENIÊNCIA SEJAM FEITOS PELA CGU | Petronotícias




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PROCURADORES DA LAVA-JATO QUEREM IMPEDIR QUE ACORDOS DE LENIÊNCIA SEJAM FEITOS PELA CGU

luis inacio adamsProcuradores da Operação Lava-Jato não querem que os acordos de leniência com as empresas investigadas no esquema de corrupção sejam negociados com a Controladoria Geral da União (CGU), um órgão do governo federal. Para isso, três procuradores da operação se encontraram com oito ministros do Tribunal de Contas da União (entre eles, o presidente Aroldo Cedraz). O objetivo é fazer com que os acordos sejam realizados pelo Ministério Público.

Segundo o Ministério Público Federal, um dos problemas da condução pela Controladoria Geral da União é que o órgão não tem conhecimento sobre todas as informações obtidas pela investigação e pode acabar fazendo acordos por confissões que já são conhecidas sigilosamente pela Lava-Jato. Outro temor dos procuradores é de que as empresas passem a colaborar somente com a CGU e não mais com o Ministério Público, já que é a Controladoria que pode evitar que elas sejam declaradas empresas inidôneas e manter a possibilidades delas fazerem contratos com órgãos públicos.

Por fim, os procuradores ainda pensam que os acordos de leniência podem ser usados para fins políticos, para tentar fazer a crise recuar, enquanto que, se conduzidos pelo Ministério Público, os acordos poderiam alegadamente levar à investigação de outros setores, como o elétrico.

O governo, por sua vez, assume que a intenção com os acordos será salvar as empresas e suas atividades econômicas. Em entrevista ao Estadão, o ministro da Advocacia Geral da União, Luis Inácio Adams (foto), confirmou a meta. “Se dá para combinar a potencialização das investigação com a manutenção da atividade econômica, porque vamos escolher o caminho de fechar a empresa?”, perguntou. O ministro ainda classificou o pedido do Ministério Público como político. “É um absurdo que um órgão queira interferir na condução da investigação que compete a outro, a CGU, usando um argumento altamente político e ideológico como este”, declarou.

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