PETROBRÁS ANUNCIA PLANO PARA CAPTAR US$ 13,7 BILHÕES COM VENDA DE ATIVOS

A nova gestão da Petrobrás, sob o comando de Aldemir Bendine (foto), começou a se movimentar para mostrar seus planos de geração da caixa, para fazer frente a sua situação complicada, e anunciou um plano de venda de ativos mais extenso, com a meta de captar US$ 13,7 bilhões entre 2015 e 2016.

De acordo com o comunicado enviado ao mercado, a estatal planeja se desfazer de negócios em três áreas de atuação, além de incluir ativos fora do País. A divisão percentual de empreendimentos e participações a serem vendidos ficou estipulada da seguinte forma: Exploração e Produção no Brasil e no exterior (30%), Abastecimento (30%) e Gás e Energia (40%).

A empresa reiterou que a decisão faz parte do planejamento financeiro da companhia, que visa à redução da alavancagem, preservação do caixa e concentração nos investimentos prioritários, notadamente de produção de óleo e gás no Brasil “em áreas de elevada produtividade e retorno”.

Ainda não foram detalhados os ativos que serão postos a venda e a estatal afirmou que o valor aprovado de US$ 13,7 bilhões é a melhor estimativa da Petrobrás.

“No entanto, ela é sensível a variáveis de mercado, tais como a cotação do barril de petróleo tipo Brent, taxa de câmbio, crescimento econômico brasileiro e mundial, dentre outras. Alterações nessas variáveis podem fazer com que a companhia modifique sua meta de desinvestimento”, ressaltou a empresa.

O último plano de negócios da Petrobrás, anunciado em 2014, ainda sob a gestão de Graça Foster, previa desinvestimentos de US$ 5 bilhões a US$ 11 bilhões até 2018.

A companhia afirmou também que cada operação de alienação de ativo será submetida à avaliação e aprovação da nova diretoria de governança, assim como da Diretoria Executiva e do Conselho de Administração. “Essas operações também estarão sujeitas às aprovações dos órgãos reguladores competentes no Brasil e no exterior, quando for o caso”, completou o comunicado.