FUNCIONÁRIOS DO COMPERJ OCUPAM TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO POR PAGAMENTOS ATRASADOS

O Tribunal Regional de Trabalho (TRT) foi ocupado por mais de 200 trabalhadores do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Os funcionários da Alumini representavam mais de 2.500 trabalhadores que pedem o pagamento de salários que estão atrasados desde o último ano, além de 469 multas rescisórias e que se retome o pagamento do FGTS dos funcionários, anteriormente interrompido no ano passado. De concreto, a ocupação, que gerou uma reunião entre representantes dos trabalhadores, da Alumini e da Petrobrás, deixou acertado que a empresa usará os R$ 14 milhões que tem de crédito com a estatal para pagar os funcionários.

A Petrobrás, no entanto, ainda não realizou a fatura do crédito, que corresponde a serviços prestados no mês de dezembro. Os trabalhadores avaliaram a quantia como incapaz de quitar todo o débito da Alumini com a classe, mas a estatal prometeu considerar a possibilidade de agilizar o pagamento do crédito durante esta semana. A Alumini ainda precisa entrar em um acordo com os operários pela data base da rescisão. A proposta da empresa, para que fosse no dia cinco de janeiro, foi rejeitada pelos trabalhadores. O Ministério Público, por sua vez, sugeriu que a data fosse marcada no dia cinco de março, e a companhia ainda está avaliando a proposta.

O  sindicato afirmou que a reunião entre trabalhadores, representantes da Alumini, da Petrobrás, e o ministro do Trabalho, Manoel Dias, nada tem a ver com as discussões acerca da greve realizada por funcionários do Comperj, que se mantém.