HONEYWELL INDICA NOVO DIRETOR PARA A AMÉRICA LATINA E APOSTA EM PROJETOS DE LONGO PRAZO NO BRASIL
Por Matheus Meyohas (matheus@petronoticias.com.br) –
A Honeywell Process Solutions (HPS) vem crescendo no mercado internacional e no último ano conseguiu superar a marca de US$ 40 bilhões de faturamento. Atuando no Brasil há décadas, a empresa também obteve bons resultados no País, o que influenciou na escolha de seu gerente-geral, Francisco Casulli, para ocupar o cargo de diretor de vendas para a América Latina. Com experiência em vários setores de atuação da empresa, ele chega ao posto querendo expandir para o continente a fórmula utilizada no Brasil. “O que defendo é reforçar o conhecimento que temos na região e compartilhar com os demais países“, afirmou. Ainda assim, Casulli permanecerá como gerente-geral da HPS no Brasil, e avaliou o caminho a ser tomado diante da insegurança gerada na economia do País, principalmente no setor de óleo e gás, responsável por 16,6% de todo o faturamento global da HPS. “Temos focado no auxílio que podemos dar aos clientes, para melhorar os negócios deles, como redução de custos e melhorias de produção”, ressaltou, destacando que a empresa vem apostando em projetos de longo prazo para manter seus resultados no Brasil, em meio à crise que afeta a indústria nacional.
Como foi o ano de 2014 para a HPS no setor de óleo e gás?
O ano de 2014 foi excelente para nós. Superamos a barreira de 40 bilhões de dólares de faturamento no mundo, algo extremamente expressivo para a empresa. De modo geral, o Brasil acompanhou o ritmo. Então, apesar da dificuldade, foi um ano bom para a gente.
Quais são os principais negócios da empresa?
A Honeywell tem três principais divisões. A aeroespacial, a de automação e soluções de controle e a de performance de materiais e tecnologias, que é onde estamos inseridos. Nossos principais mercados são os maiores, principalmente o de óleo e gás, que corresponde a 16,6% de todo o nosso faturamento no mundo, além dos mercados de celulose e de petroquímica, entre outros.
Quais são as soluções mais recentes da HPS?
A gente entende que existe uma diminuição do volume total de negócios, então temos focado no auxílio que podemos dar aos clientes, para melhorar os negócios deles, com redução de custos, melhorias de produção, etc. Dentro dessa área, temos alguns sistemas que podem ajudar muito, não só nossos clientes finais, como também seus parceiros. A gente tem uma combinação de uma forma diferenciada de executar projetos, como o Leap, que associa inovações tecnológicas na área de hardware e de software com a virtualização de projetos na nuvem, aumentando violentamente a flexibilidade na execução.
Isso acaba atraindo os principais recursos, dos experts, que podem agregar valor aos projetos, e com isso reduzir o tempo de execução, diminuir o custo e os riscos, aumentando as garantias de atendimento de prazo e performance dos projetos. Por se tratar de uma tecnologia de hardware, ainda facilita a execução em gabinetes e painéis. Além disso, estamos desenvolvendo softwares para a área offshore, que facilitam a dispersão de informação, para tomar decisões de uma forma mais eficaz e produtiva, com um risco menor. Isso tudo associado a várias outras condições, como controladores multi-fluxo e o próprio sistema de controles. São tecnologias que vão direcionar as soluções da Honeywell como soluções que o mercado espera. Outra solução é a de operação remota, no mercado de óleo e gás, que vai diminuir o trabalho de pessoas em áreas de difícil acesso.
Como a Honeywell está enfrentando esse momento do mercado?
As empresas que puderem hoje ajudar os clientes a reduzirem os custos, operarem de forma mais eficiente e eficaz, além de consumirem menos, terá uma atuação diferenciada. É exatamente onde entra a HPS, que tem as soluções e os equipamentos para apoiar as necessidades dos clientes. No Brasil, de forma específica, e no mundo em geral. Vamos buscar melhorar a qualidade de vida das pessoas. Vamos fazer isso através da melhor utilização da energia, de uma forma limpa, mais eficiente, com maior segurança e uma comunicação mais intensa, para o cliente atingir uma forma mais produtiva nos seus processos.
Qual sua avaliação sobre a recuperação do mercado de óleo e gás brasileiro?
Obviamente, o mercado deu uma estagnada em função da Operação Lava-Jato. A gente não espera que ele dê uma retomada muito grande. Mas, ainda assim, existe um volume grande de negócios que acontecem todo ano no mercado, e vamos continuar buscando, dado que grande parte de nossos negócios são nessa área.
Como isso afeta as empresas?
O Brasil, especificamente, vai demandar que as empresas se esforcem por mais equilíbrio, mas as empresas com objetivos de curto prazo vão ter um sofrimento maior, e as que focarem no longo prazo, como é o caso da Honeywell, vão fazer o que é necessário para atingir o objetivo.
O que espera do novo cargo na HPS?
Na verdade, a Honeywell é uma empresa global, que tem facilidade de intercâmbio e utilização de recursos. Em função do avanço que conseguimos no Brasil, assumi a condição de Diretor de Vendas da América Latina, excluindo o México. O principal objetivo é continuar com os avanços para toda a América Latina, mas principalmente permitir o intercâmbio e a utilização dos pontos fortes da Honeywell no continente. Existem destaques na América Latina, como o Brasil no setor de óleo e gás e em celulose, além do Chile, que tem um programa de mineração. O que eu defendo é reforçar o conhecimento que temos na região e compartilhar o que cada uma faz de bom para integrar com os demais países. E isso é importante porque um ponto forte nosso são os recursos humanos, e com isso podemos fazer com que isso seja compartilhado de forma mais efetiva.
E como o senhor avalia a atuação da empresa nos últimos anos?
Nós temos objetivos de longo prazo no Brasil e no mundo, e estamos trabalhando dentro do esperado. Vamos continuar trabalhando em projetos de longo prazo, a Honeywell não é uma daquelas empresas oportunistas. Estamos no Brasil há muitas decadas e buscamos desenvolvimento e objetivos de longo prazo. Nós vamos continuar atuando para que os objetivos de longo prazo sejam atingidos.
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