PETROBRÁS E QGI TENTAM ACORDO SOBRE PLATAFORMAS NO RIO GRANDE DO SUL
A Petrobrás se reunirá com o estaleiro QGI ao longo desta semana para buscar acordo sobre a construção das plataformas P-75 e P-77, paralisada desde fevereiro. O impasse entre a estatal e a QGI pode levar à rescisão do contrato para as obras no Estaleiro Honório Bicalho, no Rio Grande do Sul (RS).
A principal dificuldade no acordo entre as duas companhias tem sido a exigência por parte da QGI de aditivos no contrato, ainda não aceitos pela Petrobrás. O prazo de conclusão do projeto também gera discordância entre as duas partes. A P-75 deveria iniciar suas operações em 2016 e a P-77 no ano seguinte, mas o QGI busca programar ambas para 2017.
As duas plataformas tiveram seu contrato original assinado em 2013, em um valor global que chegava a U$ 1,6 bilhão, incluindo a preparação dos cascos no estaleiro chinês da Cosco e no estaleiro fluminense de Inhaúma.
A P-75 e a P-77, quando em operação, gerariam R$ 20 bilhões anuais, segundo o consórcio QGI Brasil (Queiroz Galvão e Iesa Óleo e Gás). O cancelamento do contrato pode deixar de gerar 4,4 mil empregos na região que, segundo estimativa do Sindicato dos Metalúrgicos, possui 7 mil desempregados no setor.
A Petrobrás afirmou em nota que “as negociações com a QGI estão em curso. A finalização de um acordo depende de ambas as partes.”
Petrobras não tem mais acento.