APÓS ADIAMENTO, REUNIÃO SOBRE FUTURO DAS PLATAFORMAS P-75 E P-77 DEVE ACONTECER NESTA QUINTA
publicada em 11 de junho de 2015 às 13:04 
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A novela se arrasta mais um pouco e na região do Polo Naval de Rio Grande a ansiedade cresce em relação ao desfecho que já está praticamente selado para o futuro das plataformas P-75 e P-77. A reunião que estava marcada para quarta (10) não aconteceu e agora a expectativa é que ocorra nesta quinta (11).
A se seguir o rumo que as negociações vinham tomando, sem sinal de acordo, a Petrobrás provavelmente vai definir a abertura de uma nova licitação para a construção das unidades, deixando para trás os compromissos de conteúdo local com a ANP e confirmando o desemprego espalhado pela cidade que chegou a contar com mais de 20 mil trabalhadores e agora não chega a 9 mil empregados.
O prefeito de Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer, vem liderando um movimento da cadeia local, reunindo políticos e empresários, além de representantes de entidades de classe e de sindicatos, para tentar sensibilizar a Petrobrás, mas não tem conseguido um sinal positivo da estatal. Na segunda-feira (8), após se reunir com o diretor Roberto Moro, de engenharia, e o gerente executivo Marco Tulio Machado, da mesma área, saiu sem muitas esperanças de que a questão fosse sair do pé em que estava.
A relicitação das plataformas, caso seja confirmada, além de acabar com milhares de postos de trabalho no Brasil, vai gerar também um enorme prejuízo para uma série de fornecedores, que assumiram compromissos, investiram em capacitação e na entrega de bens e serviços, mas não verão o retorno do tempo e do capital aplicado. Ficará tudo com os chineses, que provavelmente serão os novos contratados para a construção das plataformas.
A raiz do problema é a diferença que acontece entre o projeto básico e o projeto definitivo, um problema repetido às dezenas. Há meses o consórcio QGI e a Petrobrás vêm discutindo sobre ajustes e aditivos relacionados à questão para a continuidade das obras, mas não conseguem chegar a um consenso. Agora a Petrobrás faz uma última reunião com a empresa para decidir se mantém as obras no Brasil ou se leva para a China.
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