DIRETOR DA ANP AFIRMA QUE PESQUISA NA COSTA DO AMAPÁ CUSTARÁ US$ 750 MILHÕES
O diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Florival Carvalho (foto), afirmou em audiência pública nesta semana que a fase de pesquisa sobre a exploração de petróleo na costa do Amapá custará ao menos US$ 750 milhões. O valor, segundo o executivo, é referente a aquisições sísmicas e perfuração de poços que deverão ser realizadas pelas empresas vencedoras da licitação na Foz do Amazonas.
O processo de pesquisa na região tem como objetivo levantar dados para a futura perfuração e exploração dos 14 poços de petróleo localizados na costa do Amapá. Após a conclusão dos estudos, realizados por um grupo de especialistas, os relatórios obtidos devem ser submetidos à analise do Ibama. O diretor da ANP apontou para o fato de que os investimentos no local podem ser atraídos pelo estado, devido à lei que destina 1% do faturamento bruto de campo campo à pesquisas e desenvolvimento de novas tecnologias. A regra, denominada Cláusula P&D, deverá levar a um investimento de no mínimo R$ 15 bilhões nas universidades e centros de pesquisa brasileiros credenciados na Agência.
De acordo com Carvalho, os investimentos das empresas deve contar com no mínimo 37% de conteúdo da economia local. “Isso é obrigação mínima que as empresas têm com a ANP de investir na região com aquisições sísmicas e evidentemente a perfuração de poços. Se os resultados forem positivos, evidentemente os investimentos aumentarão”, explicou o diretor.
O executivo afirmou já ter se reunido com todos os reitores das universidades da região Norte para analisar os frutos da exploração na região. Na audiência realizada nesta semana, estavam presentes representantes da Petrobrás e de várias companhias privadas vencedoras da licitação, como a British Petroleum, a Total e a Queiroz Galvão.
As primeiras sondas devem chegar à costa do Amapá em 2017. A Total, que irá operar 5 blocos, e a BP, que perfurará apenas 1, afirmaram que irão utilizar a cidade de Oiapoque como base para operações aéreas com a instalação de um centro de distribuição de combustível de aviação. As duas empresas são sócias da Petrobrás.
A instalação das companhias na região tem como próxima etapa a realização de audiências públicas, que devem levar ao conhecimento da sociedade o projeto e os benefícios que ele poderá gerar. As empresas devem ainda obter do Ibama o licenciamento ambiental necessário à exploração e produção na costa.
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