PETROBRÁS ESTUDA ABERTURA DE CAPITAL DA BR DISTRIBUIDORA
A captação de recursos em meio à forte crise permanece como prioridade da Petrobrás, que busca aliviar seu caixa e amenizar as perdas do último ano. A estatal informou ao mercado nesta semana que vem analisando uma possível abertura de capital da Petrobrás Distribuidora S.A (BR), o que pode permitir que as ações da subsidiária sejam negociadas na bolsa de valores. O comunicado da companhia afirma ainda que é estudada a “atração de um sócio estratégico” para a distribuidora.
Essas medidas se situam nas perspectivas de mercado firmadas pela empresa em seu plano de negócios, divulgado há poucos dias. A renegociação de contratos com parceiras de negócios e a ampla previsão de desinvestimento mostram uma Petrobrás que caminha ainda insegura, após os enormes impactos causados pelos escândalos investigados na Operação Lava-Jato.
O estudo da possível abertura da BR teve início em uma reunião da diretoria executiva da estatal, realizada nesta semana. Abrir o capital da subsidiária seria uma forma de captar recursos no mercado privado. Segundo declaração do presidente da Petrobrás, Aldemir Bendine (foto), a companhia poderá abrir até 25% do capital de sua distribuidora.
“Nós estamos iniciando estudos com amplo debate com apoio de alguns advisors de achar uma melhor solução para a abertura desse mercado da BR Distribuidora”, afirmou o executivo. ” A gente entende que é um ativo de extrema relevância, um ativo que eu acho que o mercado tem um grande interesse e a gente pode deixar a companhia numa situação muito melhor num modelo de gestão de melhor governança e aderindo a um novo mercado”, indicou ele.
A BR Distribuidora possui hoje uma rede de 7,5 mil postos de serviços em todos os estados do país e abastece 10 mil grandes clientes da indústria. “A presente comunicação não deve ser considerada como anúncio de oferta e a realização da mesma dependerá de condições favoráveis dos mercados de capitais nacional e internacional”, diz o comunicado emitido pela empresa.
A negociação de ativos, que poderá somar em vendas um total de US$ 15,1 bilhões, vem junto da redução dos investimentos, marcante no plano da estatal até 2019. A empresa informou também nesta semana que venderá à PetroRio (ex-HRT) a sua participação de 20% nas concessões dos campos de Bijupirá e Salema em um acordo de US$ 25 milhões.
PRIVATIZAÇÃO NA BR O plano de desinvestimento de 13,7 bilhões de dólares definido pela Petrobras para o biênio 2015/2016 passa a ser a última alternativa a Estatal na obtenção dos recursos complementares para garantir o equilíbrio financeiro nesse período de forma a tocar seus empreendimentos no Presal em ritmo menos acelerado daquele previsto inicialmente no seu plano de negócio. Neste contexto, o impacto decorrente do assalto aos cofres da Estatal fruto do aparelhamento político engendrado pelo PT a partir do primeiro mandato do Lula foi peça fundamental para as Finanças da Petrobras ficar nessa encruzilhada. Há que ser questionado se… Read more »