PF CONFIRMA DEPÓSITOS PARA COLLOR EM ESQUEMA DE DESVIOS NA LAVA-JATO | Petronotícias




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PF CONFIRMA DEPÓSITOS PARA COLLOR EM ESQUEMA DE DESVIOS NA LAVA-JATO

Em discurso na tribuna do Senado, senador Fernando Collor (PTB-AL)Os desdobramentos da Operação Lava-Jato continuam a atingir em cheio a classe política, que já conta com diversos nomes diretamente envolvidos em esquemas ilícitos investigados no processo. A Polícia Federal confirmou ao Supremo Tribunal Federal a obtenção de oito comprovantes de depósito destinados ao senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), que é atualmente alvo de inquérito por suposto envolvimento em desvios de recursos da Petrobrás. O ex-presidente é acusado de ter recebido um total de R$ 50 mil em espécie.

Em depoimentos de sua delação premiada, o doleiro Alberto Youssef afirmou o envolvimento de Collor, a quem teria realizado “vários depósitos”. Os investigadores haviam solicitado esses comprovantes, apreendidos com o doleiro no ano passado, para comprovar a fala de Youssef. O documento será adicionado a outros indícios da participação do político no esquema de desvios da estatal. Em maio, o ministro Teori Zavascki autorizou a quebra de sigilo bancário e fiscal do senador.

Segundo o doleiro, além dos depósitos, ele teria autorizado entregas de dinheiro em espécie para o parlamentar. Em uma das operações, a entrega teria sido feita por seu funcionário, Rafael Angulo, que levou o dinheiro até Alagoas. O senador já afirmou não ter conhecimento dos esquemas investigados na operação. “Quanto ao Youssef, posso afirmar de modo categórico, que não o conheço e jamais mantive com ele qualquer relacionamento de ordem pessoal e política”, declarou o ex-presidente, em maio deste ano.

A PF também conseguiu confirmar a ida do ex-ministro de Collor, Pedro Paulo Leoni, aos escritórios de Alberto Youssef. Os investigadores aguardam ainda o depoimento do senador, do ex-diretor da BR Distribuidora, José Zonis, e do sócio da empresa GPI Participação e Investimentos, João Mauro Boschier. Há suspeitas de que Collor teria se aproveitado de sua influências no processo de indicação da distribuidora para obter vantagens ilegais.

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